As
instituições públicas, em tese, devem servir ao público. E quanto mais
próximo e ágil o atendimento, maior a economia de tempo, dinheiro e
outros benefícios amplamente conhecidos. Tomemos aqui uma instituição
que preserva a memória da cidade, informa sobre direitos civis do
cidadão, colabora com a comunidade estudantil, etc. Em que pese sua
finalidade, ela deve estar em local acessível e acessível também deve
estar as informações ali depositadas. Os Arquivos Públicos têm essa
peculiaridade e especificidade. Serem de fácil acesso ao público e
disponibilizarem, dentro dos parâmetros legais, as informações que
detém.
Brasília,
que já foi vanguarda no que se refere a preservação de sua memória,
hoje se encontra desmemoriada e desqualificada pela comunidade
arquivística pelo simples fato de o Governo do Distrito Federal ter dado
as costas uma instituição, outrora importante, como foi o Arquivo Público do Distrito Federal e de não indicar gestor qualificado que recolocasse o Arquivo no cenário nacional.
Em
manchetes recentes de jornais locais e mídias nacionais, o aparvalhado
superintendente afirmou absurdos incontestáveis e delirantes, como a
criação da cidade Arquivopolis, o recolhimento de todos os arquivos do
GDF ao ArPDF, a digitalização de seis milhões de documentos e outras
fanfarrices mais.
Sobre
a fantasmagórica cidade “Arquivopolis”, se sabe que é um prédio
pertencente ao Judiciário, próximo ao Setor Noroeste, que a Casa Civil
do GDF pretende alugar para instalar o Arquivo Público. Irônico, não
fosse trágico, é que durante três anos e quatro meses não foi
apresentado pelo GDF, Casa Civil e Arquivo Público nenhuma produção
substancial, um relatório de atividades assertivo que indicasse
propostas transparentes e mudanças concretas para o fortalecimento da
instituição. A oito meses do término da gestão é inventada uma mudança
de espaço físico sem planejamento, a toque de caixa, que desconsidera o
resguardo e tratamento que o acervo demanda. Não há previsão de salas
climatizadas, não há projeto arquitetônico, nada, absolutamente nada que
indique uma ação pensada, planejada e transparente. E o mais
importante, distante da população que deve servir.
Quanto
as demais propostas, na próxima gestão será possível saber por meio de
editais de chamamento e relatórios de auditorias, que cobrarão
providencias sobre as incontáveis e sistemáticas fraudes ali perpetradas
a titulo de modernização do órgão.
A
falência do Arquivo Público foi decretada logo no início de 2011 pela
tradicional arrogância petista e pela ávida escória em saquear bens
públicos, sem que nenhum dirigente do atual Governo tomasse medidas
saneadoras.
Lamentável
que é a população tenha esperado tanto para ver uma transformação de
fato no comando do GDF e hoje seja obrigada a contar as horas para seu
término, que espera e vai trabalhar para que aconteça logo no primeiro
turno.
Fonte: Desabafo de Vera Soares / Informando e Detonando.
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