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Brasília, Distrito Federal, Brazil
Um blog comprometido com o resgate da cidadania."O aspecto mais importante do caráter de Cristo, foi sua confiança na grandeza da alma humana". É necessário enxergar a verdade sobre o mundo e sobre nós mesmos, ainda que ela nos incomode e nos seja desagradável.

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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Agnelo Queiroz, o primeiro janeiro e o último dezembro como governador, neste mandato

 Começamos um novo ano e com ele novas esperanças. 

As promessas e a realidade que vivemos.

Em dezembro de 2010, os brasilienses, açoitados pelo escândalo da Caixa de Pandora, mas esperançosos, haviam acabado de eleger Agnelo dos Santos Queiroz Filho governador do Distrito Federal. O político do PT, às vésperas de ser empossado, em entrevista ao DFTV, disse que estaria recebendo uma herança maldita. De fato, o trabalho que se via no horizonte tinha que ser árduo e executado com probidade e competência. O governador tampão, Rogério Rosso, era apontado nas pesquisas como o pior governador brasileiro, e apenas 29% dos brasilienses, segundo pesquisa do Datafolha, avaliavam sua gestão como sendo boa ou ótima.

Hoje 31 de dezembro de 2013, passados três anos, faltam poucas horas para iniciarmos um novo ano e com ele os novos sonhos, novos objetivos, novas promessas, novos desejos e uma nova eleição já se aproxima. Iniciamos o quarto ano do que poderá ser o último dezembro de Agnelo Queiroz à frente do GDF, ou não, o eleitor é quem vai decidir.

Ainda era dezembro de 2010 quando em entrevista ao DFTV, Agnelo Queiroz (PT/DF), afirmou que a saúde padecia, “com a falta de controle, manutenção e informatização. Também a falta de controle da verba da saúde e de manutenção; as salas de cirurgias desativadas; equipamentos sucateados; descontrole nos estoques e desabastecimento de remédios”.

Empossado governador, em um de seus primeiros atos,  aumentou o próprio salário, o do vice, e o de seus secretários, afirmando que: “não aumentar os salários, é estimular outras práticas que já aconteceram no DF, coisas que vamos abominar em nosso governo”.

Agnelo Queiroz (PT/DF) disse, na campanha, que assumiria, ele mesmo, a pasta da saúde. No entanto, preferiu delegar, e Rafael Barbosa (PT/DF) foi nomeado secretário de saúde.

Dentre as suas primeiras medidas, exonerou milhares de servidores que ocupavam cargos comissionados e decretou estado de emergência no âmbito da saúde do DF, permitindo, assim, compras em caráter emergencial e sem licitação. Justificou a medida com a constatação de que a saúde pública encontrava-se em “crise profunda e sistêmica”. O novo secretário de Saúde, Rafael Aguiar Barbosa, explicava naqueles idos que, com a decisão, a saúde se tornaria a grande prioridade do GDF — como havia prometido Agnelo durante a campanha. “O decreto coloca toda a estrutura do DF, toda a administração pública, à disposição da saúde. Poderemos requisitar, por exemplo, servidores de outros órgãos e médicos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para atuar nos hospitais, caso haja necessidade”, justificava Barbosa.

Garantiu, ainda na posse, que a saúde seria reforçada nos primeiros 100 dias. Também assumiu compromisso com a transparência e afirmou que não decepcionaria o brasiliense.

No primeiro 05 de janeiro pós-posse, Agnelo Queiroz e Rafael Barbosa fizeram uma visita técnica ao Hospital Regional da Ceilândia. Encontraram o caos e prometeram soluções no prazo de 10 dias. Um dia antes, no Hospital Regional do Gama, a dupla disse que pediria auxílio ao Ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT/SP) para estancar a crise da saúde pública no Distrito Federal.

Em seguida, aos 07 dias de governo, acompanhado do vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB/DF), do secretário de saúde Rafael Barbosa e de inúmeros assessores, vistoriou três hospitais e anunciou incontáveis medidas. Em todas as visitas, foi bastante solícito à imprensa. As promessas incluíam colocar fim à carência de leitos.

Nunca antes na história do Distrito Federal, tantas medidas foram anunciadas em prol da melhoria da saúde. O discurso, ecoado pela imprensa, sinalizava dias melhores.

No dia 08 daquele janeiro, o secretário de saúde, Rafael Barbosa, anunciou uma parceria com o HUB para o tratamento de câncer. Em 10 de janeiro anunciaram um posto do SAMU no Hospital de Base.

Mas a realidade começou a se impor frente ao discurso, e no dia 10 de janeiro de 2011, uma liminar do TJDFT determinou que uma criança internada em Planaltina fosse submetida à cirurgia.  Mas ainda haviam só 10 dias de governo e não se podia cobrar resultados do Governador Agnelo Queiroz e do secretário de saúde Rafael Barbosa. As medidas de melhoria continuavam sendo anunciadas e aguardadas pacientemente pelos eleitores, petistas ou não.

Aos 12 de janeiro, o GDF anunciava a contratação temporária de médicos, e no dia seguinte, 13 de janeiro, depois da exoneração de quase 18 mil comissionados, o governador Agnelo Queiroz anunciou a contratação de 10 mil comissionados. Incoerência, diziam alguns. Não, dizia o governo, era o início da arrumação da casa com a economia de 8 mil cargos.

No mesmo 13 de janeiro de 2011, Agnelo Queiroz prometeu que a farmácia central teria controle logístico, e assim evitaria o desperdício, fraudes e falta de medicamentos.

O tempo parecia correr mais rápido pela trilha do novo caminho, todos os dias uma novidade, aos 17 de janeiro, mais uma promessa, a revitalização do Hospital de Sobradinho. A Agência Brasília de comunicação informava que havia sido dito: “um hospital construído há 40 anos, projetado para atender uma população de 40 mil habitantes, e hoje com praticamente a mesma estrutura física, é o responsável pelo atendimento de mais 270 mil pessoas. Em breve, esta realidade do Hospital Regional de Sobradinho deve mudar. Hoje (17), o governador Agnelo Queiroz visitou as instalações daquela unidade de saúde e anunciou que fará o novo plano diretor do hospital, que deve abrigar pelo menos mais um bloco e ampliar áreas superlotadas como o Pronto Socorro. Durante a visita, o governador adiantou ainda que o Pronto Socorro passará por reformas de ampliação e que serão construídos mais leitos de UTI semi-intensiva. Outra medida anunciada é a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Sobradinho II. O que vai ajudar a distribuir o atendimento primário, ou seja, de menor gravidade.
  De acordo com a diretora da regional de saúde de Sobradinho, Joana D’Arc Gonçalves da Silva, 87% das pessoas que buscam hoje o Pronto Socorro poderiam ser atendidas numa UPA. A cobertura básica é fundamental para atuarmos em rede e diminuirmos a demanda emergencial”. Também participaram da vistoria às instalações do hospital, o vice-governador, Tadeu Filippelli; o secretário de Saúde, Rafael Barbosa; o secretário de Obras, Luiz Pitiman; e a secretária de Comunicação, Samanta Sallum.  
 O governador Agnelo anunciou que nos próximos dias serão instalados novos equipamentos no Hospital Regional de Sobradinho. Segundo ele, a rede elétrica da unidade precisa de manutenção e por isso, aparelhos importantes estão encaixotados, como o caso do Tomógrafo, que não funciona há 19 meses.”. Paciente a população da localidade aguardava. Diziam alguns que era a esperança de volta, o governador prometera e já começara o cumprimento das promessas de campanha.

Em 20 de janeiro de 2011, um relatório mostrou o total descontrole na compra de remédios pelo GDF. Novamente foi anunciada a contratação de uma empresa especializada em logística para resolver o problema da falta de medicamentos, falta de controle de estoques, fraudes e desperdício. Também anunciaram que as transformações no Hospital de Base já estavam em curso.

No dia 21, o Governador Agnelo Queiroz, em visita ao HRT disse: “nem na guerra se trata pessoas dessa forma”. A frase foi dita ante a constatação da caótica situação do hospital. Para o Governador, pior do que Taguatinga, apenas o Hospital Regional do Gama. Queiroz inclusive anunciou a construção de um novo hospital no Gama.

No dia 24 de janeiro de 2011, Queiroz anunciou reformas no terceiro andar do HRAN, setor em que funciona a unidade de queimados.

Enquanto isso, os portadores de doenças graves e crônicas, em menor números, tais como os hemofílicos, os portardores de fibromialgia, fenilcetonúricos, da síndrome de down, e outros,  permaneciam esquecidos. Alguns mais engajados, conseguiram a manutenção, mesmo que precária, dos tratamentos, outros, apertando daqui e dali, ficaram sem a maior parte do necessário a um acompanhamento digno.

Passados três anos, a pesquisa CNI/Ibope, divulgada neste 13 de dezembro, mostra que 71% dos entrevistados apontam a saúde como a pior área do governo capitaneado por Agnelo.

Será chegada a hora de em 2014, se cobrar do governador Agnelo dos Santos Queiroz Filho que ele demonstre o cumprimento das promessas feitas na campanha e nos primeiros dias de governo? Ou os eleitores do DF lhe darão um novo crédito para mais quatro anos de mandato, na esperança de que as promessas se tornem realidade?

O caminho que nunca foi novo, parece conduzir o Distrito Federal ao precipício, ao caos absoluto. A saúde, sob a gestão Agnelo Queiroz e Rafael Barbosa, diz a pesquisa do Ibope, não melhorou, pelo contrário, em vários aspectos tomou contornos mais dramáticos do que se via nos governos anteriores.

Em cidades como Taguatinga, a situação segue caótica. No Gama, as últimas reportagens demonstram,  que o cenário pior do que o de guerra, é ainda mais evidente. A estrutura do Hospital Regional de Sobradinho continua horrível. Os investimentos em logística, na aquisição, no manuseio, na guarda e na dispensa de medicamentos continua inexistente, tudo como dantes no quartel de Abrantes.

E a reforma no Hospital Regional da Asa Norte? No setor de queimados, não passou de mais um dos tantos factóides criados pelo governo naquele janeiro? E a construção do novo hospital no Gama? A população segue sofrendo com o descaso.

Faltou boa-vontade? Faltou competência? Ou ambos, competência e boa-vontade? Ou o fantasma da Caixa de Pandora continua a rondar o GDF?

Exigentes, nossos leitores dirão; Sombra, você só fala da saúde, e o resto? Esclareço que nossa preocupação precípua com a saúde tem uma razão de ser, e sei que todos compartilharão da mesma opinião. Ninguém em sã consciência, vive ou trabalha bem, sabendo que ele próprio e outros estão sem saúde. Pode faltar tudo, mas se tiver saúde, o restante fica bem mais fácil.


Desejamos que em 2014, o governador Agnelo Queiroz prove aos brasilienses que a pesquisa do Ibope está errada. Ou os quatro anos foram poucos?

Todas as promessas acima, a exemplo de inúmeras outras, ou foram descumpridas pelo Governador Agnelo dos Santos Queiroz Filho, ou a sua área de comunicacão foi incompetente para demonstrar os avanços que ele diz ter implementado. Tal constatação justifica que, próximo a ingressar no último ano de governo, seus índices de aprovação não cheguem nem ao patamar de 10%? Lembramos que Rogério Rosso (PSD), em um governo tampão e breve, tinha índices quase três vezes melhores do que o atual governador. É o que disse a última pesquisa realizada pelo Ibope.

Desejamos também que a segurança pública que na última pesquisa feita pelo Ibope foi reprovada por 69% da população, volte ser uma das melhores do Brasil, e que o novo secretário de segurança, apareça na televisão também quando a noticia não for boa para o governo.

Desejamos que os policiais e bombeiros militares do DF voltem a ter sua alto estima elevada e suspendam a Operação Tartaruga, mas também esperamos que o governador do Distrito Federal ponha a mão na consciência e cumpra as promessas feitas durante a campanha de 2010, o que não fez durante os últimos três anos.

Desejamos que a CEB volte a ser a empresa que nos orgulhava, e não deixe as cidades tanto tempo sofrendo com os apagões, exemplos tristes vividos por todos os brasilienses durante os últimos três anos.

Desejamos que Agnelo, chefe do  Executivo local, que tem batido o pé para aprovar o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB), que prevê alterações no centro de Brasília, retire o mostrengo em forma de projeto que se encontra na Câmara Legislativa.  Do jeito que foi gestado, irá parir um monstrengo,  desvirtuará o tombamento da capital e não haverá retorno.

Desejamos que o governo cumpra a promessa, e finalmente realize o concurso público para substituir os funcionários comissionados, que hoje ocupam cargos nas 30 administrações regionais do DF, evitando que alguns indicados políticos, façam delas, as extensões de gabinetes de seus deputados distritais, que preferem vender o voto da população que os elegeu.

Desejamos que a Copa do Mundo de 2014, traga muitas manifestações às ruas de Brasília, manifestações de alegria, de felicidade, e que a seleção brasileira contrarie os prognósticos pessimistas, que dizem que ela não será a campeã. Desejamos que as pessoas ganhem as ruas durante a copa, mas transbordando de felicidade.

Desejamos que sejam aprofundadas as investigações e  as denúncias de superfaturamento de tudo, estádio, shows realizados tendo como patrocinadores alguns deputados distritais, através de emendas, e que durante os últimos três anos se valeram delas para se perpetuarem no poder.

Desejamos que durante o ano e na campanha eleitoral até as eleições de 2014, o DF não seja novamente sacudido por tensões, escândalos, sem dossiês, sem fakes, sem difamação e sem o mar de lama de mentiras e calunias de campanhas anteriores.

Desejamos um 2014 sem comoção popular, sem retrocessos e crises. Brasília não merece mais desgastes,  aborrecimentos, e muito menos ser usada para novos mensalões.

Ficamos por aqui, e se Deus quiser, ele nos atenderá e poderemos ter um 2014 menos sofrido e melhor que o ano de 2013.

Nós que fazemos de nosso blog um espaço dedicado ao público que busca a informação, sem censura,  e com isenção, desejamos que em 2014 não tenhamos que relatar tantos fatos que denigram a nossa cidade, como fizemos nos últimos anos. Só queremos um Distrito Federal melhor.

Fiquemos todos com Deus e até o ano que vem!

Edson Sombra e equipe

Fonte: Edson Sombra

FELIZ ANO NOVO E QUE 2014 SEJA ESPETACULAR A TODOS 'SUCESSO'

"Que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro.

A passagem de ano não é um divisor de águas, uma mudança forçada e muito menos remissão e perdão instantâneo, é apenas uma regra cronológica e padrão.

Se em 2013 sua vida foi um deserto, lembre-se nele Deus provou seu coração para ser aprovado (a) em 2014, creia, ore, jejue, agradeça, louve, tenha fé, que é crer no que não se pode ver, mas sim sentir. Não deixe a espera matar sua esperança. A todos um 2014 cheio de amor, bênçãos, saúde, paz, alegria e promessas de Deus se realizando em todas as áreas de sua vida.

Os dias fazem os anos, por isso sê feliz a cada dia do próximo…


Acredite 2014 será o nosso ano!" 

A verdade do Informando e Detonando: "A diferença entre a política e a politicagem, a distância entre o governo e o ato de governar, o contraste entre o que eles dizem e o que você precisa saber, o paradoxo entre a promessa de luz e o superfaturamento do túnel. Tudo isso com a sua opinião na caixa de comentários. 'Josias de Souza' O CIDADÃO EM PRIMEIRO LUGAR.


Feliz 2014 com muita PAZ, SAÚDE e SUCESSO...Grande Abraço a todos.

É o que deseja INFORMANDO E DETONANDO por Sérgio Loros e família

Câmara Legislativa: Verba de gabinete dos distritais engorda 80%

Os gastos com funcionários comissionados que trabalham diretamente com cada parlamentar subirão para R$ 173,6 mil a partir da próxima quarta-feira. Em 2009, esse valor somava R$ 97 mil. Lei aprovada na época abriu brecha para mais cargos

Plenário da Câmara Legislativa: além da lei que amplia o número de cargos comissionados, a verba de gabinete foi inflada por reajustes salariais
 
Sem alarde e aos poucos, os deputados distritais praticamente dobraram, nos últimos quatro anos, as despesas com servidores de seus gabinetes. Em 2009, a Casa aprovou uma lei que abre brecha para o aumento de cargos dos comissionados que trabalham diretamente com os parlamentares. Diante disso e dos reajustes salariais concedidos aos funcionários da Casa, a verba de gabinete passou de R$ 97 mil para quase R$ 158 mil por deputado, este ano. A partir de quarta-feira, esse total passará para R$ 173,6 mil, ou 80% a mais que antes da aprovação da norma.
 

Os números são ainda mais expressivos quando contabilizadas as despesas dos gabinetes de todos os 24 deputados. Por mês, os servidores comissionados recebem R$ 3,7 milhões. Em um ano, a bolada chega a R$ 50,5 milhões (leia quadro). Com esse dinheiro, seria possível, por exemplo, construir 25 escolas públicas.

O aumento ocorreu após a Câmara Legislativa aprovar, em junho de 2009, projeto de lei que institui o plano de cargos, carreira e remuneração da Casa. No texto, além da composição ideal de servidores por gabinete, foram autorizadas nomeações extras (confira O que diz a Lei), que aumentaram o número de cargos. Em vez de 12 por gabinete, o total passou para 17.

A Lei nº 4.342/2009, em seu artigo 41, trata da quantidade de servidores por gabinete, originalmente de 12 pessoas. No entanto, como prevê a regra, os distritais podem desdobrar esse número, distribuindo a verba disponível e chegar à quantidade de 23 cargos. Na prática, a maioria dos distritais trabalha com essa ocupação integral, chegando a reunir até 28 servidores. Além disso, a verba também foi acrescida do reajuste salarial concedido aos servidores da Câmara, nos últimos três anos — 5% em 2011 e 2012; 8% em 2013; e 10%, previstos para janeiro de 2014.

O texto foi validado por diversos deputados, muitos da legislatura anterior, como Leonardo Prudente, na época presidente da Câmara. Alírio Neto (PEN), hoje secretário de Justiça do DF, e os atuais deputados distritais Patrício (PT) e Benedito Domingos (PP) também assinaram o projeto. Eliana Pedrosa (PPS) teria ajudado na articulação, mas não validou a proposta. Procurada, ela disse não se lembrar da discussão do assunto na Casa.

Patrício, por sua vez, afirmou que é contra o aumento dos cargos e que, neste projeto, só votou por ser a favor do plano de cargos e salários. “A Procuradoria da Casa entendeu, à época, e apresentei, inclusive, uma emenda supressiva para barrar a possibilidade de terceirização de funções na nossa estrutura”, ressaltou. Rôney Nemer (PMDB) também foi um dos parlamentares responsáveis pela autoria do projeto, mas afirma não se lembrar da matéria. Segundo ele, seria “impossível” os deputados terem aprovado tal proposta, já que mudanças na estrutura são definidas pela Mesa. Benedito e Alírio não foram encontrados ontem. 

Comparação 

O valor desembolsado pelos distritais com a verba de gabinete é 125% maior do que o da Câmara dos Deputados. A verba para os deputados federais foi fixada pela Mesa Diretora em R$ 78 mil por mês. E, assim como na Câmara Legislativa, serve para custear o vencimento dos secretários parlamentares e dos funcionários do gabinete que não precisam ser servidores públicos.

O presidente da Câmara Legislativa, deputado Wasny de Roure (PT), explicou que parte do aumento pode ser justificada pela inclusão de servidores da segurança nos gastos do gabinete. O deputado ressalta que existia uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) sobre a distribuição dos vigilantes no quadro da Casa e, para resolver o impasse, os cargos foram transferidos para os gabinetes. “Tivemos um quadro de 27 servidores na segurança e tinha que ajustar. Dividimos e ainda colocamos três à disposição da Mesa Diretora. Mas isso foi feito sem que onerasse a Câmara. Nesta gestão não houve acréscimo em nenhum centavo de despesa com pessoal”, garante. 

Dinheiro nas meias 

Leonardo Prudente foi flagrado em um vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do escândalo conhecido como Mensalão do DEM. Nas imagens, ele aparece guardando dinheiro nas meias. Ele também protagonizou, com o ex-distrital Júnior Brunelli e Durval, o vídeo conhecido como “oração da propina”, em que agradecem pela bolada recebida. 

O que diz a lei 

De acordo com a Lei nº 4.342/2009, a composição ideal do gabinete é de dois Cargos de Natureza Especial (CNE), seis Cargos Especiais de Gabinete (CL-14), dois Cargos Especiais de Gabinete (CL-09) e dois Cargos Especiais de Gabinete (CL-06). A soma dos valores remuneratórios de todos eles poderá ser distribuída conforme escolha do parlamentar, até o limite de 23 servidores por gabinete. Porém, conforme o artigo 41 da referida norma, além dos cargos previstos na composição ideal, cada deputado (são 24) poderá contratar mais dois cargos em comissão de nível CNE cada um, dois Cargos de Segurança Parlamentar (CL-07) e mais um Cargo Especial de Gabinete (CL-01).

Fonte: Camila Costa - Correio Braziliense.

DF contrata órgão da ONU e gasta mais do que outras sedes nas Confederações


O governo do Distrito Federal contratou sem licitação um órgão da ONU, o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), para fornecer estruturas temporárias para o entorno do Mané Garrincha na Copa das Confederações e poderá fazer o mesmo no Mundial de 2014.

O valor pago ao Pnud em 2013 foi de R$ 49,4 milhões, quantia maior do que todas as outras sedes da competição gastaram com os mesmos materiais –houve apenas um jogo no estádio de Brasília, o de abertura, Brasil x Japão.

No início do ano, a Terracap, empresa do governo do DF, firmou um acordo de R$ 34,7 milhões com o Pnud por essas estruturas. Mas em 31 de maio, às vésperas do torneio, foi firmado um contrato aditivo de mais R$ 14,7 milhões.

Os contratos previam aluguel e, em alguns casos, compra de instalações temporárias, que incluem tendas para controle de acesso dos torcedores por raio-X, geradores, itens de tecnologia da informação, cercas etc.

 
Vista do estádio Mané Garrincha, em Brasília, uma das sedes da Copa das Confederações 

O preço médio desembolsado pelas outras cinco sedes do torneio (Rio, Bahia, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco) com os mesmos materiais foi de R$ 33,1 milhões – R$ 16,3 milhões a menos que o DF.

O governo do Rio contratou, em pregão, um consórcio por R$ 33,6 milhões. No Ceará, estruturas iguais foram alugadas, também em licitação, por R$ 26,8 milhões.

Minas também não fez licitação, mas o valor gasto foi de R$ 38,3 milhões.

A contratação do Pnud pelo governo do DF se deu por meio de "Projeto de Cooperação Técnica Internacional". O acordo é intermediado pela Agência Brasileira de Cooperação, do Ministério das Relações Exteriores.

O Pnud alega que não participa de licitações e que "qualquer associação com o organismo é feita por meio de parceiras e cooperação técnica".

A rigor, o órgão da ONU não tem foco no fornecimento de materiais como itens de TI e cercas metálicas, mas a Folha apurou que o próprio governo do DF e a Prefeitura de Curitiba conversaram com o Pnud para realizar o mesmo serviço na Copa-2014, cujas exigências –e o preço cobrado– serão maiores.

Antes da Copa das Confederações, o órgão da ONU havia fornecido estruturas ao governo federal para a realização da Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável ocorrida no Rio de Janeiro em 2012. 

OUTRO LADO 

Procurado pela Folha, o governo do Distrito Federal justificou o gasto com as estruturas temporárias com o fato de o Pnud ter "expertise" no fornecimento de materiais.

"A assinatura dos acordos com o Pnud reduziu os custos, uma vez que se o governo do DF tivesse que licitar todos esses serviços com empresa de expertise e know-how semelhantes aos do Pnud, o valor dos contratos seria muito mais alto", afirmou a Secretaria da Copa do DF, por meio da assessoria de imprensa.

O governo do DF disse ainda que o contrato aditivo de R$ 14,7 milhões se refere ao pagamento de itens que ficarão de legado ao DF, como cercas do Mané Garrincha, postos médicos etc.

O Pnud afirmou que não houve lucros oriundos desses acordos e que seu papel "é fornecer ferramentas e instrumentos capazes de capacitar e apoiar o país na adoção de práticas e processos que incluam o desenvolvimento humano e o desenvolvimento sustentável".

O órgão alegou ainda que a experiência da Rio+20 também motivou o governo do Distrito Federal a buscar, com autorização do governo federal, seu apoio no fornecimento de estruturas complementares para Copa das Confederações de 2013. 

Fonte: Folha de São Paulo - Por BERNARDO ITRI.

Quatro estádios da Copa estão à beira do abismo da falta de rentabilidade

Governo federal divulgou imagens da obra da Arena da Amazônia, estádio de Manaus para a Copa
 
As autoridades brasileiras estão "queimando os miolos" para encontrar soluções imaginativas, uma fórmula mágica, para obter rentabilidade em quatro estádios da Copa de 2014 que, segundo os críticos, correm sério risco de se transformar em monumentos ao desperdício.

Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal são as quatro sedes que terão estádios novos e que só em poucas ocasiões conseguiram ter algum time de futebol na elite do futebol nacional, por isso que carecem de um calendário esportivo que garanta uma renda regular.

Realizar shows de música, "importar" equipes de futebol de outras cidades e impulsionar esportes estranhos nestas latitudes, como o futebol americano, são as principais ideias que os responsáveis dos estádios tiveram a cinco meses do Mundial.

Mas os poucos lucros obtidos até agora no único potencial "elefante branco" que já está operacional, o Estádio Nacional Mané Garrincha de Brasília, põem em dúvida que se possa compensar os enormes recursos investidos nas obras.

O estádio de Brasília é um coliseu monumental com capacidade de 72.777 pessoas e que será o mais caro dos 12 construídos ou em construção para a Copa.

Seu orçamento chegou a R$ 1,403 bilhão e foi desembolsado integralmente pelo Governo da capital, onde os clubes locais, de recente criação, ainda não conseguiram cultivar uma torcida.

A solução achada pelas autoridades locais foi alugar o estádio para grandes equipes de Rio de Janeiro e São Paulo, como o Flamengo e o Santos.

O estádio recebeu este ano nove partidas do Campeonato Brasileiro e um amistoso da seleção brasileira, com um público médio de 34.414 espectadores, e também organizou três shows, com o que no total arrecadou R$ 22 milhões.

Desse valor, o Governo do Distrito Federal cobrou cerca de R$ 3 milhões pelo aluguel do estádio, segundo fontes oficiais.

O secretário especial de Brasília para a Copa, Cláudio Monteiro, disse à Agência Efe que "não se deve pensar na amortização" do estádio, mas em seu "impacto na economia local".

Segundo cálculos da Companhia de Planejamento do Distrito Federal, cada evento no estádio injeta R$ 12 milhões na economia local, o que beneficia restaurantes, hotéis e taxistas, entre outros.
 
Arena Amazônia receberá quatro jogos no Mundial de 2014 Leia mais Fifa.com
 
Para 2014, Brasília manterá a mesma receita e já tem apalavradas "mais ou menos" oito partidas do Campeonato Brasileiro, segundo Monteiro.

Essa solução é mais difícil de se aplicar em outras cidades, como Manaus, por causa de sua distância de Rio e São Paulo, o que obrigaria as equipes a fazer voos de cinco horas.

O Governo do Amazonas abriu uma licitação para contratar uma empresa de consultoria que encontre a melhor opção para o estádio Arena da Amazônia, de 44.480 lugares, que no futebol local tem uma saída difícil, porque a melhor equipe da cidade, o Nacional, joga na quarta divisão.

A média de público do Campeonato do Amazonas de 2013 foi de 770 espectadores, o que se justifica em parte pela falta de iluminação na maioria dos estádios, que obriga muitas partidas a serem disputadas em horário de trabalho, uma carência que será solucionada com o novo estádio.

O que se descartou totalmente é a ideia de usar o estádio como um centro de detenção, sugestão de um juiz preocupado com as deficiências do sistema penitenciário, segundo assegurou à Efe um porta-voz da Unidade Gerente do Projeto Copa do Mundo do Governo do Amazonas.

Em Cuiabá, o Luverdense, a melhor equipe da cidade, teve este ano uma média de público de 1.466 pessoas, apesar de ter conseguido a ascensão para a segunda divisão.

Em 2014 o clube aspira a preencher os 26 mil assentos da Arena Pantanal na partida contra o Vasco da Gama, que caiu para a Segundona, e a ter uma boa renda no resto da temporada com o atrativo de contar com um estádio novo e confortável.

"Temos certeza de que precisávamos de um palco assim para fazer um bom futebol e atrair público", disse o presidente do Luverdense, Helmute Laswich.

O novo estádio também vai se transformar na casa do Cuiabá Arsenal, uma das equipes brasileiras de futebol americano, esporte que a cada dia tem mais torcidas na região, segundo disse à Efe o vice-presidente e linebacker da equipe, Paulo César Machado.

Na partida do título, o Cuiabá Arsenal recebeu cerca de 4.000 espectadores, número nada desdenhável e que superou amplamente os de um esporte tão tradicional quanto o futebol.

Com duas equipes na segunda divisão, Natal está menos preocupada com a rentabilidade da Arena das Dunas. No entanto, a cidade também quer fazer caixa e se oferecer como centro de treinamento para equipes europeias no inverno, uma ideia que só o tempo dirá se é viável para alcançar a ansiada rentabilidade.

Fonte: UOL - Copa do Mundo com informações Manuel Pérez Bella Da EFE.

Pronunciamento foi 'campanha eleitoral', diz Aécio Neves

 

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), provável candidato ao Palácio do Planalto no ano que vem, acusou a presidente Dilma Rousseff de usar o pronunciamento de fim de ano em rede nacional, realizado neste domingo, 29,ara fazer "autoelogio e campanha eleitoral". "Sob o pretexto das festas de fim de ano, a presidente volta à TV para fazer autoelogio e campanha eleitoral. Lamentavelmente, a oposição não pode pedir direito de resposta", escreveu Aécio em sua página oficial de Facebook.

No texto, o senador da oposição chamou de "abusiva" a convocação desta aparição na mídia - uma prerrogativa presidencial - para apresentar um País de "ilha da fantasia". Ele reclamou do conteúdo da fala apresentada: "Nenhuma palavra sobre as famílias vítimas das chuvas e as obras prometidas e não realizadas. Nenhuma menção à situação das empresas públicas, à inflação acima do centro da meta, ao pífio crescimento da economia. Nenhuma menção à situação das estradas, à crise da segurança e à epidemia do crack que estraçalha vidas".

E citou como exemplo o analfabetismo e o número de creches prometidas e não entregues pela petista. "Enquanto isso, no Brasil real, os resultados dos testes internacionais demonstram o contrário: o analfabetismo parou de cair e, das 6 mil creches prometidas por ela em 2010, apenas 120 haviam sido entregues até outubro." O oposicionista encerrou dizendo que o governo "acredita que a propaganda e o ilusionismo podem demonstrar força, enquanto, na verdade, só acentuam a sua fraqueza." 

Fonte: Informações Agência Estado / Guardian Notícias - redacao@guardiannoticias.com.br.

Eleições 2014: FHC crê que candidatura de Joaquim Barbosa seria “aventura”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) acredita que falta a Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), traquejo político para vir a atuar como presidente da República. Crê ainda que Barbosa não tem as características necessárias para conduzir o Brasil e chamou de “aventura” uma eventual candidatura do ministro.

“As pessoas descreem tanto nas instituições que buscam heróis salvadores... Ele [Barbosa] teria que ter um partido para começar, acho que ele é uma pessoa que tem sentido comum e duvido que vá fazer uma aventura desse tipo”, disse Fernando Henrique em entrevista ao programa Manhattan Connection, da Globonews, no domingo à noite.

Pesquisa Datafolha realizada no final de novembro indica Barbosa com 15% das intenções de voto para a Presidência em 2014. No mesmo cenário, a presidente Dilma Rousseff lidera com 44%, o senador Aécio Neves (PSDB) tem 14% e o governador Eduardo Campos (PSB) aparece com 9%.

“É difícil imaginar Joaquim Barbosa na vida partidária, ele não tem o traquejo, o treinamento para isso, uma coisa é ter uma carreira de juiz, outra coisa é ter a capacidade de liderar um país. Talvez o Senado, a vice-presidência. Não creio que ele tenha as características necessárias para conduzir o Brasil de maneira a não provocar grandes crises. Confio no bom senso dele”, acrescentou.

Fernando Henrique comparou uma possível candidatura de Joaquim Barbosa, que se destacou no cenário político por liderar o julgamento do mensalão, com a do ex-presidente Fernando Collor, que não tinha direção partidária e acabou em processo de impeachment. “É um sinal da fraqueza institucional nossa”, reiterou.

Ele evitou, no entanto, apontar o melhor candidato de oposição, se Aécio Neves, de seu partido, ou Eduardo Campos. “Vamos ver na campanha quem vai se alçar a líder nacional, de estadista. Não sei ainda qual dos dois vai assumir esta posição. Eu torço para Aécio porque tenho mais ligações com ele. Quem assumir essa posição coerente, moderna, decente, não ligado a corrupção e que tenha capacidade de dizer coisa com coisa – esse tem chance de avançar”, disse.

Quanto a uma possível derrota da presidente Dilma, que lidera as preferências dos eleitores na reeleição, Fernando Henrique disse que em uma escala de zero a dez ela fica em cinco. A seu favor, segundo o ex-presidente, Dilma tem a vantagem de estar no cargo e ter presença contínua na mídia. Mas apontou um “certo mal estar na sociedade”, em que incluiu desde o trânsito até a violência e a inflação, “que criam um clima que pode permitir uma mudança”.

Fonte: Portal do Valor.