Cinco
partidos do Distrito Federal possuem na chefia líderes religiosos
protestantes, o que demonstra a força do segmento no pleito do ano que
vem. E não é segredo que o quinteto vem se reunindo para ter mais espaço
nas negociações locais
O deputado federal Ronaldo Fonseca é presidente do recém-criado Pros
Na
construção de uma candidatura majoritária, o postulante a um cargo
público no Distrito Federal não poderá deixar de buscar o apoio de um
segmento religioso que já comanda cinco partidos na capital da
República. Para 2014, evangélicos ligados a diferentes correntes
protestantes serão cada vez mais cobiçados pelos candidatos ao governo.
Não só pela inédita representatividade em legendas partidárias, mas pelo
discurso político-religioso professado que se confunde com a promessa
de uma nova era. Os segmentos religiosos, especialmente o evangélico,
serão determinantes para a configuração política no próximo ano.
Pela
primeira vez na capital, cinco partidos serão comandados por
evangélicos durante uma eleição. São eles o PP, PRB, PTN, Pros e PSC. O
plano desse grupo para o próximo ano é unir-se durante a formação das
coligações proporcionais e majoritárias para postular candidaturas mais
representativas, como a de senador ou até a de vice-governador, caso o
PMDB rompa a aliança com o PT. Com as nominatas formadas, os cinco
presidentes reúnem-se regularmente para chegarem fortalecidos às
vésperas das eleições. Mas há o desafio de centralizar tantos interesses
em torno de uma única proposta.
Presidente
do PSC/DF, Egmar Tavares, pastor há quase 25 anos na Assembleia de Deus
de Madureira, é pré-candidato a deputado distrital e conhece a força do
segmento evangélico na política. “Para qualquer lado que nós formos,
podemos definir uma eleição. Queremos negociar espaço e quem nos der
maiores condições vai levar vantagem”, resume.
Irmão
de Tavares e presidente do PRB, o pastor Wanderley Tavares reforça o
coro pela busca à vaga de senador na aliança governista. Para ele, se o
segmento chegar unido em 2014, terá cacife suficiente para eleger ou
indicar um nome. “Até agora não sabemos quem será nosso candidato, mas o
principal é manter as articulações para negociarmos lá na frente”,
afirma.
Fonte: Correio Braziliense - Arthur Paganini / Postado por: Donny Silva.
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