À queima-roupa
O
senhor é do partido do deputado Benedito Domingos. Vai protegê-lo no
processo por quebra de decoro aberto na última quinta-feira?
Não protejo ninguém. Quando era delegado não protegi nem a minha
família. Não vai ser por conta de partido que vou mudar isso. Quem fez
suas besteiras que a segure.
Seu correligionário foi condenado pelo Tribunal de Justiça por corrupção. Ele quebrou o decoro?
Temos que avaliar. A condenação indica que o deputado condenado quebra
o decoro. Mas ainda temos que dar a ele o direito a defesa e avaliar
friamente antes do veredicto.
Se o senhor for escolhido relator, será um peso ?
Sem problema algum. Estarei fazendo um trabalho como qualquer outro. O
partido não está em julgamento. O deputado Benedito não é o PP.
Benedito sempre foi um líder importante do PP. Como fica o partido se ele for cassado?
Mesmo assim, poderá ficar no partido. Mas a vida é cíclica. Tem que ser
dinâmica. Podem se construir novas lideranças. Ninguém é eterno.
Acha que deve ser voto aberto ou secreto?
Sempre voto aberto. Deputado não pode ficar em cima do muro, senão leva pedrada dos dois lados.
O PPCub está pronto para votar?
Ainda falta muita coisa. Temos que analisar isso aí. Eu ainda não estou preparado para votar.
Fonte: Ana Maria Campos e Helena Mader, Coluna Eixo Capital - Correio Braziliense.
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