Quebra
de decoro. Reuniões de amanhã marcarão a sessão plenária que votará a
perda de mandato do distrital acusado de desvio de verbas.
O
futuro político do deputado distrital Raad Massouh (PPL) deve ser
definido ainda nesta semana. Nas reuniões da mesa diretora e de
líderes para decidir a pauta da semana, os distritais vão deliberar
sobre a data da sessão que analisará o pedido de cassação de mandato
de Raad.
A disposição do presidente da Câmara, Wasny de Roure, é que o
assunto Raad esteja encerrado o mais rápido possível. A votação,
portanto, deve acontecer na quarta ou quinta-feira. “É um assunto
desgastante para a Casa, nosso desejo é que o tema pare de sangrar o
quanto antes”, afirma o presidente da CLDF, Wasny de Roure.
Apesar de a lei orgânica do DF ter sido alterada garantindo o voto
aberto para as votações, prevalecerá o entendimento do TJDF de que a
votação deve ser secreta para que a Constituição Federal não seja
contrariada. O voto aberto para perda de mandato ainda está em
discussão no Congresso Nacional.
Raad Massouh é acusado de envolvimento no desvio de recursos de uma
emenda parlamentar de R$ 100 mil, liberada para um evento rural de
Sobradinho. O caso, que ocorreu em 2010, ainda não foi julgado pela
Justiça, o que tem levado o deputado a declarar-se “perseguido”.
Para que a perda de mandato seja aprovada a maioria absoluta é
necessário: 13 dos 24 votos dos distritais. Dentro da Câmara
Legislativa, as apostas são de que não será difícil chegar ao
placar.
Comentasse que o deputado tem perfil “desagregador”.
Outros cassáveis
É provável que o deputado Benedito Domingos (PP) seja o próximo a ter o processo de cassação apreciado pelos colegas.
No último dia 15 de outubro, o TJDF confirmou a condenação de 1a
instância em um processo em que Benedito foi acusado por fraude em
licitação. Basta que a Câmara Legislativa seja formalmente comunicada
para que as duas representações que pedem a perda de mandato do
distrital sejam espanadas.
Já Rôney Nemer (PMDB) e Aylton Gomes (PR), que também foram
representados por quebra de decoro, por enquanto, estão preservados
porque não possuem condenação judicial em 2a instância.
Fonte: Jornal Metro Brasília
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