O
longuíssimo cabelo ondulado está, como de costume, ajeitado ao longo do
corpo.
No rosto, nada de maquiagem. Nas orelhas, brincos com as letras G e Y, formando o logo de seu blog, Generación Y. No pulso, uma fitinha do Senhor do Bonfim, sinal de sua passagem pela Bahia.
Foi assim que a blogueira cubana Yoani Sánchez recebeu ÉPOCA na manhã desta sexta-feira (22), no apartamento em que está hospedada em São Paulo.
No rosto, nada de maquiagem. Nas orelhas, brincos com as letras G e Y, formando o logo de seu blog, Generación Y. No pulso, uma fitinha do Senhor do Bonfim, sinal de sua passagem pela Bahia.
Foi assim que a blogueira cubana Yoani Sánchez recebeu ÉPOCA na manhã desta sexta-feira (22), no apartamento em que está hospedada em São Paulo.
Na conversa de quase 40 minutos, Yoani falou sobre as impressões que
teve do Brasil, as manifestações contra a sua visita, a política e o
futuro de Cuba e também sobre vaidade, incluindo seus enormes fios de
cabelo. "Meu cabelo é livre e selvagem como eu. Tem seu espaço e eu
tenho o meu. Nós nos respeitamos (risos)." Esse respeito à cabeleira vem
desde 2005. Foi naquele ano, segundo ela, a última vez que cortou o
cabelo. Yoani revela que já teve um visual bem diferente: "De 1992 a
1994, raspei a cabeça. Primeiro porque era a época de Sinéad O’Connor
(cantora irlandesa que tinha o cabelo raspado) e estava na moda. Mas
também porque Cuba vivia uma crise econômica tão grande com o fim da
União Soviética que conseguir xampu era quase impossível. Em meio a esse
colapso houve um surto de piolho. Para não ter esses problemas,
raspei".
Yoani diz que não se maquia e não faz as unhas. Mas isso não quer dizer
que não seja vaidosa. "A minha vaidade se reflete em outra coisa. Mais
que a vaidade física, não passo minha vida vendo as coisas que não
escolhi, compreende? São coisas que não selecionei. Uma é o meu corpo.
Veio assim..." A blogueira afirma que ter sido adolescente em um período
econômico muito difícil em Cuba a fez aprender a viver sem desejar
muitos bens materiais. "Tenho vivido sem nada, sei que posso sobreviver
sem nada e sigo sendo eu mesma. Posso ter muito pouco, porque o mais
importante está desta pele para dentro", diz Yoani, beliscando a pele de
seu braço.
Assista aqui à parte da entrevista de Yoani e leia mais em ÉPOCA que estará nas bancas neste fim de semana.
Fonte: ÉPOCA.com - Por Juliano Machado e Érika Kokay (Vídeo)
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