Por Elton Santos - Não foram apenas os trabalhos no Executivo e Legislativo do Distrito Federal que começaram. A pequena oposição ao governo também já deu sinais de que pretende ser uma pedra - mais do que vem sendo - no sapato do governador Agnelo Queiroz e sua equipe em 2012.
Uma das primeiras ações aconteceu na última terça-feira (31), em reunião regada à comida mineira em um restaurante do Plano Piloto. No cardápio um assunto um pouco indigesto: o fortalecimento, ou melhor, o renascimento da oposição no DF.
Estiveram presentes na mesa, os presidentes regionais Alberto Fraga, Raimundo Ribeiro e Valério Neves, do DEM, PSDB e PSC, respectivamente. A deputada Celina Leão (PSD) deu o ar da graça na reunião. Da esfera federal, o deputado Izalci Lucas representou a porcentagem minúscula oposicionista do PR, além de integrante do PMN.
Diário Brasil - Para falar dos resultados da reunião, Alberto Fraga e Raimundo Ribeiro deram uma entrevista, ontem (1º), ao programa Diário Brasil, da TV Gênesis. Segundo Ribeiro, o almoço foi motivado pela reportagem veiculada na Revista Veja da última semana. O semanário acusa o PT de manipulação nas eleições de 2010, quando Agnelo foi eleito.
Logo no início, Fraga negou a informação de que ele teria feito articulação com o governo para que Paulo Roriz (DEM) assumisse a cadeira deixada por Raad Massouh (ex-DEM, atual PPL), que foi para a Secretaria de Micro e Pequena Empresa. Segundo Fraga, Raad já tinha demonstrado interessa na pasta.
O presidente do DEM disse ainda que Paulo Roriz vai assumir papel de oposição, mesmo com algumas limitações políticas por ser suplente. “Se isso não acontecer o partido vai tomar certas posições”, alertou Fraga.
Raimundo Ribeiro também tinha seu interesse em falar de Câmara Legislativa. Isso porque, segundo o peessedebista, era ele quem deveria ter assumido a vaga deixada por Benício Tavares (PMDB), cassado por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A justiça confirmou compra de votos e abuso de poder econômico de Benício.
Mas a cadeira ficou com Robério Negreiros que era 1º suplente do mesmo partido. Isso ocorreu porque o TSE não se posicionou quanto a destinação dos votos. Coube então ao presidente da Casa, deputado Patrício dá posse a Negreiros.
A situação é questionável. Mas se os votos não puderam eleger Benício também não poderiam eleger Robério, já que estão contaminados. Sobre isso Raimundo Ribeiro foi espiritual. “O tempo se encarrega de ressuscitar a verdade”, disse.
Ao serem questionados por Márcio Poli, do blog Docafezinho, sobre a necessidade da oposição nas ruas, Fraga disse que somente no “momento oportuno” os partidos e seus integrantes devem se movimentar de forma mais enérgica. Mas adiantou que os partidos já se articulam para manifestações públicas.
Os dois presidentes trataram de deixar clara a existência dos avessos políticos ao atual governo. “Brasília tem uma oposição fortíssima: as ruas. As pesquisas dizem isso. A população reprova o governo Agnelo”, disse Ribeiro sobre a última avaliação que mostrou um alto índice de rejeição ao atual Buriti. Já Fraga acusou ressaltou: “A oposição grita que fica rouca”, informou, mas alertando que a mídia local não dá projeção.
O Diário Brasil é apresentado pelo jornalista Celso de Marco, no canal 30 UHF e 26 da NET, sempre às 13h.
Fonte: Blog Rádio Corredor por Odir Ribeiro
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