O embate continua: Há deputados se mobilizando para impor a segunda derrota ao Rollemberg.
O futuro Governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), pode amargar
mais uma derrota na Câmara Legislativa, mesmo antes de assumir o governo.
Logo após as eleições do primeiro turno 2014, a Câmara
Legislativa, aprovou em primeiro turno – para esse tipo de matéria são
necessárias duas votações (primeiro e segundo turno) dando mais poderes aos
deputados distritais no orçamento do executivo, ou seja, mais dinheiro para os
deputados direcionar as suas bases eleitoral.
Agora, comentam-se, nos corredores da CLDF e entre
assessores de deputados que foram derrotados nas urnas, deste ano, que há
deputados se mobilizando para formarem um bloco (apenas figurativo) para eleger
para o Presidente da Casa um deputado da antiga base de apoio do Governador
Agnelo.
Por trás dessa intenção, além de “encurralar” Rollemberg:
(a) inviabilizar o cumprimento de uma das promessas de campanha de Rollemberg,
qual seja: eleições diretas para Administrador, quê se ocorrer, vai atingir, em
cheio, os deputados distritais que enxergam nas indicações dos administradores
uma oportunidade para agradar seus financiadores de campanha, cabos eleitorais
e amigos; (b) tentar negociar com o futuro governador uma cadeira no Tribunal
de Contas do DF, para o Wasny de Roure, abrindo assim uma vaga para o derrotado
nas urnas desse ano, Claudio Abrantes, que por conta da coligação PP/PT ficou
apenas como primeiro suplente.
Sem nenhum deputado eleito pelo PSB, Rollemberg vê na
Celina Leão a pessoa ideal para assumir a presidência da Câmara Legislativa,
além de ter acompanhado Rollemberg desde o primeiro momento (tem sido uma
combatente as criticas de Chico Vigilante a Rollemberg), o seu partido, o PDT,
que também se aliou a Rollemberg, com apoio de Cristovam Buarque e do Senador
eleito, Antônio Reguffe, elegeu quatro deputados na coligação:
Celina Leão (PDT) -
Professor Reginaldo (PDT) - Joe Valle (PDT) e Sandra Faraj (SD). Perdendo apenas para
a coligação do PP/PT que elegeram cinco deputados:
Chico Leite (PT), ao
que tudo indica deve embarcar no partido de Marina (REDE); Chico Vigilante (PT), promete ser opositor implacável ao Rollemberg; Ricardo Valle (PT), o novato que
mesmo antes de ser eleito já coleciona desafeto dentro do partido; Wasny de
Roure (PT), que sonha com uma cadeira no TCDF; por último Márcio Michel (PP) – do
partido do Maluf, mesmo sendo da base de apoio de Agnelo, no segundo turno
correu para os “braços” de Rollemberg.
Rollemberg vai ter que suar a camisa para contornar essa
situação emblemática, pelo visto não é apenas o caixa vazio (segundo o próprio,
mais de R$ 2 bilhões negativos nos cofres do GDF), terá pela frente, alojar, ou
não, mais um Petista no TCDF, além do Paulo Tadeu (PT), indicar o Wasny de
Roure (PT) é suicídio político e para o emperramento de licitações – visto que os
Tribunais de Contas só agem a posteriori, ou seja, analisa os Projetos Básicos
e demais elementos de uma licitação só depois que o edital está nas ruas. Além
da prestação de contas do governo em si, que muitos sabem que qualquer gestor
público corre o risco de ter suas contas reprovadas, apenas por "uma
vírgula fora do lugar".
Para fazer uma boa gestão não serão apenas o dinheiro e um
parlamento dominado pelo executivo, é preciso muitos mais que isso para fazer
um ótimo governo – bom governo não se reelege. É preciso se cercar de pessoas
competentes e empenhadas no governo como um todo, não apenas cada um por si.
Agnelo tinha muito dinheiro para gastar no DF; tinha o
parlamento dominado, porém isso não foi o suficiente para que ele conseguisse
ser reeleito, se cercou de pelegos e, acima de tudo, de pessoas incompetentes;
era quase semanal um de seus auxiliares – aliados, assessores sendo preso ou
indiciado e/ou denuncias diárias de incompetência, erros e fraudes. Além é
claro, colocar em sua base de apoio vários deputados aliados de Roriz e Arruda.
Contrastando com a origem do PT.
Não mesmo importante do que os "abacaxis" de
Rollemberg o fato de a Presidente do Brasil ser de partido oposicionista (PT)
ao dele. E mais, não se pode esquecer que Rollemberg teve apenas 812.036 votos
de um total de 1.897.677 (fonte TSE), ou seja, apenas 43% do eleitorado votou
em Rollemberg, um resultado menor do que Agnelo obteve em 2010, ou seja, mesmo
com um aumento na ordem de 8% do eleitorado do DF, Rollemberg teve menos votos
do que Agnelo (875.612 mil votos) em 2010; contra 812.36 mil votos de Rollemberg.
Ou seja, Agnelo, de certa forma, tinha mais apoio da população do que
Rollemberg. No entanto, foi derrotado em suas pretensões para um segundo
mandato.
Há outro detalhe muito importante: nos primeiros anos do
governo Agnelo, as redes sociais eram apenas um lugar em que as pessoas tiravam
fotos no banheiro e postavam no fecebook, agora 'NÃO', a sociedade enxergou nas
redes uma ferramenta poderosa para cobrar dos políticos: Ética, Moral, Competência, Transparência e Honestidade.
Opinião é uma obra de arte, se chegou a ela depois de
coletâneas de informações e transformada em conhecimento. Para um insano, uma
obra de arte é apenas um rabisco, mas para o visionário, existe nela uma
mensagem.
Fonte: Por José Loival.
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