Ex-presidente
do Supremo pediu reativação de sua inscrição na entidade. No STF,
Joaquim Barbosa se envolveu em polêmicas com advogados
O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal,
Ibaneis Rocha, recomendou a rejeição do pedido apresentado pelo
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e ministro aposentado Joaquim
Barbosa para reativar seu registro de advogado.
Barbosa requisitou a reativação do registro no último dia 19. Qualquer
pessoa poderia questionar, até 26 de setembro, o pedido do ministro
aposentado. O próprio presidente da OAB distrital impugnou (contestou) a
solicitação. Agora, caberá a uma comissão da OAB/DF decidir se concede
ou não o registro.
Por meio da assessoria, Joaquim Barbosa afirmou que não comentará o episódio até que seja formalmente comunicado da impugnação.
No entendimento de Ibaneis Rocha, Joaquim Barbosa não pode obter o
registro porque, segundo ele, feriu o Estatuto da Advocacia quando foi
presidente do Supremo.
"Eu entendo que Joaquim Barbosa não tem condições de exercer a
advocacia. Fiz o pedido de impugnação como advogado e não como
presidente da OAB. Ele feriu a Lei 8.906/1994, que rege a advocacia",
disse Rocha.
Polêmicas com advogados
Durante sua gestão como presidente do Supremo e do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), Joaquim Barbosa se envolveu em diversas polêmicas com
advogados.
Uma delas, usada como argumento do presidente da OAB/DF, foi quando
classificou como "arranjo entre amigos" a proposta de trabalho oferecida
pelo advogado José Gerardo Grossi ao ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu.
Em outro episódio, no qual Barbosa também foi criticado, o ministro
expulsou do plenário do Supremo o advogado do petista José Genoino, Luiz
Fernando Pacheco.
Barbosa também criticou advogados que atuam como juízes eleitorais e afirmou que participam de "conluio" com magistrados.
Fonte: TV Globo em Brasília por Marina Oliveira.
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