Wellington Moraes (ao fundo), Valério Neves (camisa branca), Abdon Henrique de Araújo (de pé, camisa vermelha) e Eri Varela sentado atrás de Abdon.
Quatro
conhecidos personagens ligados a grupos políticos no DF estão unidos
mais uma vez. O detalhe é que dois estão do lado do governo petista e os
demais devidamente acomodados no berço adversário, mas constantemente
são vistos aos risos e bebidas no Bierfass, no Lago Sul.
Wellington Moraes, jornalista que trabalhou muitos anos com Joaquim Roriz
e posteriormente com Arruda, é profundo conhecedor das entranhas que
envolvem poder, comunicação e principalmente a publicidade do GDF.
Tamanho conhecimento e experiência adquiridos, fizeram dele o queridinho
dos políticos detentores de poder.
Em 2009, quando da deflagração da Operação 'Caixa de Pandora',
Wellington Moraes chegou a ficar preso no Presídio da Papuda. Após
deixar a cadeia, ficou no ostracismo e anonimato por longos anos.
Em
2013, Wellington foi convidado pelo grupo de Agnelo para atuar na
comunicação do governo. Ele preferiu não ocupar o cargo e indicou o
amigo de longa data, André Duda, para assumir o comando da
Secretaria de Comunicação e Publicidade do GDF. Wellington passou a
atuar indiretamente, e com o tempo, passou a ser extraoficialmente , o
chefe da comunicação do governo de Agnelo Queiroz (PT).
O que chama a atenção é o fato de, na véspera do julgamento de Arruda, pelo TRE/DF, Wellington Moraes ter se encontrado no Bierfass na noite desta segunda (11) no Lago Sul com dois conhecidos personagens que atualmente trabalham para o candidato de oposição José Roberto Arruda (PR).
Wellington foi flagrado pelo Blog no Bierfass,
bastante sorridente ao lado do advogado Eri Varella, do ex-chefe de
gabinete de Joaquim Roriz e atual colaborador de Arruda, Valério Neves, e
do empresário Abdon Henrique de Araújo, feliz proprietário da 'Produtora Canto Cerrado' (atualmente a maior fornecedora de vídeos institucionais para o GDF).
Conhecidos
petistas preocupados com a reeleição do governador Agnelo Queiroz,
agora têm a certeza absoluta de que algo está muito errado na
comunicação do governo. E questionam o fato de Wellington, oficialmente
coordenador geral de comunicação da campanha de Agnelo, estar se
encontrando com rivais políticos, apesar de serem amigos de outros
tempos.
Wellington
indicou o jornalista André Duda (que é um especialista em
sobrevivência) para ocupar o cargo de secretário de Comunicação e
Publicidade do GDF. Desde 2002, Duda ocupa o cargo de secretário de
Comunicação ou de interino do posto em todos os governos do Distrito
Federal.
Começou
na gestão do ex-senador Joaquim Roriz – que renunciou ao mandato no
Senado para não ser cassado após uma negociação suspeita com um
empresário. Na gestão Roriz no governo do DF, Duda era o adjunto do
ex-secretário Wellington Moraes.
Com
a eleição de José Roberto Arruda em 2006, Duda continuou na posição,
mantido por Moraes. Arruda terminou preso, junto com Wellington, e
renunciou ao cargo com o vice-governador Paulo Octávio. Mas Duda
permaneceu com o interino Wilson Lima e, depois, no mandato tampão de
Rogério Rosso, todos ligados a Roriz e Arruda.
Duda foi convocado para assumir também a gestão da verba de publicidade do governo do petista Agnelo Queiroz. 'Duda administra uma verba anual de R$ 200 milhões'. Sua contratação provocou a demissão do porta-voz Ugo Braga, que foi trabalhar para Arruda.
Várias
suspeitas de favorecimento de contratos para amigos rondam o grupo de
Wellington, que apesar dos tempos difíceis que passou, voltou a sorrir
no berço esplêndido do governo petista de Agnelo Queiroz.
Dentro
do PT/DF, grupos exigem a exoneração imediata de André Duda, que manda
no Wellington que conversa com adversários. Há suspeitas de que nessa
história toda o que mais importa são os contratos, principalmente quando
se fala na produção de vídeos.
Petistas
também acham que há grande vazamento de informações da Secretaria de
Comunicação do GDF para o grupo político de Arruda. O governador Agnelo
Queiroz, que não costuma ser rápido em suas decisões, terá pela frente
militantes do PT cobrando posicionamento rígido contra os denominados
‘infiltrados’.
E olhe que a campanha nem começou pra valer. Vai pegar fogo mesmo a partir do início da exibição do programa eleitoral gratuito.
Fonte: Donny Silva.
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