Condenação
em 2ª instância é critério para impedir candidatura, diz tribunal.
Ex-governador diz que ficou surpreso com a decisão e que vai recorrer.
Com a candidatura cassada pelo
Tribunal Regional Eleitoral, o ex-governador José Roberto Arruda (PR)
disse nesta quarta-feira (13) que ficou surpreso com a decisão da
Justiça e que a considera "equivocada". O político anunciou que vai
recorrer e que confia ter um resultado favorável ao pedido nos próximos
dias.
O TRE decidiu impedi-lo de concorrer novamente ao cargo por ter sido
condenado por improbidade administrativa por órgão colegiado, por
participação no suposto esquema de corrupção conhecido como mensalão do
DEM. O pedido de impugnação foi feito pela Procuradoria Regional
Eleitoral.
Como eu e Jaqueline Roriz, que também teve a candidatura cassada confiamos na nossa inocência, nos nossos direitos, os nossos advogados estarão entrando hoje ainda com recurso no Tribunal Superior Eleitoral. O TSE, diferentemente do regional, já enfrentou essa matéria centenas de vezes, e em todas as decisões de casos como os nossos, de condenação por improbidade em data posterior ao registro, decidiu que as candidaturas são legítimas e devem continuar" José Roberto Arruda (PR)
Como eu e Jaqueline Roriz, que também teve a candidatura cassada confiamos na nossa inocência, nos nossos direitos, os nossos advogados estarão entrando hoje ainda com recurso no Tribunal Superior Eleitoral. O TSE, diferentemente do regional, já enfrentou essa matéria centenas de vezes, e em todas as decisões de casos como os nossos, de condenação por improbidade em data posterior ao registro, decidiu que as candidaturas são legítimas e devem continuar" José Roberto Arruda (PR)
"Se aqueles que estão acostumados a ganhar no tapetão acharam que essas
dificuldades nos impediriam, estavam enganados. Eu não sou carro de
passeio, que gosta de asfalto. Eu sou jipe, que gosta de estrada de
terra", afirmou.
Fazendo críticas aos outros candidatos ao cargo, Arruda disse que uma
pesquisa encomendada pelo partido apontou que ele tem 33% das intenções
de voto, enquanto os outros candidatos, juntos, 34%. "Dá ou não dá para
ganhar no primeiro turno?", questionou. "Não vou dormir, eu vou para as
ruas.
"É uma questão de honra prosseguirmos nesta caminhada. Para os fracos,
um tropeço pode significar uma queda irreversível, para os que têm
convicção da sua verdade, os fortes, um tropeço só acelera um pouco a
caminhada", disse.
"Nossos adversários, sabendo nossa força política, têm tentado nos
minar colocando dúvida na cabeça dos nossos eleitores. Com a decisão de
ontem, nem esperaram a noite virar para alimentar essas dúvidas. O
advogado do atual governador estava lá, na sala de julgamento, e hoje de
manhã disse que o povo deveria respeitar a decisão do tribunal. Não vou
responder a ele, mas ao chefe dele: 'Agnelo, respeita o povo'.
O ex-governador foi recebido com salva de palmas e fogos de artifício
por cabos eleitorais na sede do Partido da República, às margens da
EPTG. Vestidos de verde, eles cantavam músicas de apoio a Arruda e
diziam que os outros candidatos temiam a volta do político. O presidente
do PR, Salvador Bispo, filhas do ex-governador Joaquim Roriz, o
deputado distrital Aylton Gomes, o senador Gim Argello (PTB) e o vice
pela coligação, Jofran Frejat, também estiveram presentes.
Arruda disse ainda se considerar apto a assumir o GDF. "Estou pronto
para voltar ao cargo do qual me tiraram na covardia. Eu vou até o fim.
Estejam certos, no fim, tudo dá certo, se não deu certo, é que ainda não
chegou ao fim."
A análise foi feita pelo TRE na noite desta terça-feira (12) e terminou
com 5 votos a 2 pela cassação. A defesa alegou que o registro junto TRE
foi feito em 5 de julho, antes da condenação pelo Tribunal de Justiça,
ocorrida em 9 de julho. O advogado de Arruda, Francisco Emerenciano,
disse que vai recorrer. Ele afirmou que a campanha continua normalmente.
No mês passado, a segunda instância do TJ manteve a condenação do
ex-governador e da deputada Jaqueline Roriz – que também teve a
candidatura cassada – por improbidade administrativa. A Justiça entendeu
que Jaqueline recebeu propina para apoiar a candidatura de Arruda em
2006. Após a condenação, Arruda disse que iria recorrer, defendeu sua
candidatura e afirmou que os adversários tentavam ganhar no "tapetão".
Fonte: Por Raquel Morais - Portal G1 DF.
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