O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu ontem (25) a redução da maioridade penal para crimes hediondos, ao visitar a comunidade de Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro, onde assistiu a apresentações de dança e música na sede da ONG Afro Reggae e conversou com moradores.
Segundo
Aécio Neves, a redução da maioridade penal para crimes hediondos “pode
sinalizar um caminho para a diminuição da impunidade. Estamos falando de
casos gravíssimos, crimes hediondos significam 1% do total de jovens
que cometem algum delito. Mas essa não é a solução, é uma questão
paliativa. A solução é a educação, é a oportunidade, é fazer o Brasil
crescer”.
Entre
as propostas do candidato estão iniciativas de reinserção de egressos
do sistema penitenciário e oportunidades de trabalho e renda para os
jovens. Ele citou projeto de Minas Gerais que pretende levar para todo o
país, caso seja eleito, que oferece uma poupança para jovens do ensino
médio, a qual pode ser resgatada, ao final do terceiro ano, se o jovem
tiver uma frequência mínima na escola, participar de oficinas de
capacitação e não cometer nenhum crime.
Na
saída do restaurante popular onde almoçou, Aécio comentou o pacote
divulgado pelo Banco Central, que visa a incentivar os bancos a
transformarem em crédito ao consumidor valores retidos como depósitos
compulsórios. Ele classificou a medida como “um improviso”. “Como não
houve planejamento e o Brasil não conseguiu manter um mínimo de
credibilidade para que os investimentos retornassem, essas medidas
paliativas e emergenciais podem ter um custo alto lá na frente”.
“O
Brasil é hoje um país com enorme desconfiança dos investidores internos
e externos pelo excessivo intervencionismo do Estado em setores
fundamentais da economia, como o setor energético e o de petróleo. Temos
que estabelecer regras claras”, disse, acrescentando que “é preciso
adotar um novo modelo, baseado na meritocracia, no Estado enxuto e
eficiente”.
Aécio
Neves comentou também os ataques de Israel à Faixa de Gaza e as
declarações do governo israelense, que classificou o Brasil de “anão
diplomático” e “parceiro irrelevante”. “O Brasil, ao longo desses
últimos anos, vem tendo uma política externa com viés claramente
ideológico. Esta questão específica do conflito na Faixa de Gaza, eu
compreendo que haja, sim, uso excessivo da força. Mas nós temos que
primar nossa posição pelo equilíbrio. Nós teremos uma política externa
que não será ideologizada, será pragmática. Nós temos que reinserir as
empresas brasileiras nas cadeias globais das quais elas saíram”.
Fonte: Diário do Poder.
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