A
até agora a embaralhada e, consequentemente, turva disputa pela
sucessão ao Palácio do Buriti poderá começar a “clarear” já no dia 25 de
junho, quando o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF) irá
julgar a ação de improbidade administrativa contra o ex-governador José Roberto Arruda (PR).
Três Desembargadores terão a missão de decidir o futuro do
ex-governador. Toda essa movimentação vai ocorrer apenas a dez dias da
data limite para o registro de candidaturas. O cenário político de
Brasília, atualmente tenso e bastante esquisito, tem tudo para dar uma
guinada de 180 graus.
É
claro que o projeto de dar a volta por cima e de forma triunfal está
todo dependente desse julgamento. Três Desembargadores, como já disse,
poderão “dar o rumo” das eleições do DF. O futuro político não só de
Arruda estará em jogo, mas, também, de muita gente que vai acompanhar a
decisão do TJDF como se fosse uma final de Copa do Mundo.
Dependo
do resultado, o ex-governador terá que tirar o seu time de campo em
definitivo. Muitos apostam que o dia 25 será o desfecho da aventura
política de Arruda. Caso ele saia vitorioso dessa “peleja”, o “careca”
estará firme e forte. Mas essa situação é para ser tratada em outra
oportunidade.
A
saída do ex-governador do cenário obrigará as forças de oposição a se
unirem, já que será aberta uma grande lacuna. Mas dizem que Arruda
costuma “cair de pé” e que a sua saída, caso se confirme por vias
judiciais, não o tiraria, ainda, da política local. Um plano B já foi
montado: a raposa política vai usar toda a sua influência e indicará um
sucessor. Já circulam boatos que o ex-deputado federal, Jofran Frejat,
que é do seu partido já estaria aguardando um chamado para colocar o
“time em campo”. Além disso, Frejat surgiria com o apoio da família
Roriz, que até agora mantém um estranho silencio sobre a sucessão ao
Buriti. Seria, sem dúvida, uma chapa e tanto, como se diz no popular.
Mas a verdade
é que Arruda, mesmo sendo o líder das pesquisas de intenção de votos,
não conseguiu até o momento reanimar os seus velhos companheiros da
política. A sua possível candidatura até agora não empolgou. A
instabilidade judicial sempre é o tema que domina as conversas. Estive
perto de Arruda algumas vezes e não consegui sentir aquele brilho que
cerca uma candidatura majoritária. A incerteza do seu futuro político
realmente é um fantasma e tanto. Isso é apenas uma simples impressão,
mas é a que tenho no momento e sinto que muitos com os quais tenho
conversado, também.
O dia 25 de junho poderá ser o dia “D” da política do DF e por coincidência, o 25 era o número do DEM, o partido ao qual o ex-governador José Roberto Arruda era filiado antes de ser deposto. Até aonde irão essas coincidências? Para onde elas levarão Arruda e a sucessão ao Buriti?
Fonte: Por Odir Ribeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário