O governo preferiu não comentar a iminente saída de tantos secretários e diretores de autarquias.
O governo preferiu não comentar a iminente saída de tantos secretários e diretores de autarquias.
Pelo menos 12 secretários do Governo do Distrito Federal, mais de um terço do total de 33, deve deixar o cargo até o dia 5 de abril, quando vence o prazo de desincompatibilização estipulado pela legislação eleitoral, para disputar as eleições neste ano.
Entre os principais integrantes do primeiro escalão do governo Agnelo Queiroz que não escondem o desejo de tentar obter um mandato nas urnas estão o secretário de Saúde, Rafael Barbosa (PT), que pretende disputar uma cadeira de deputado federal; Geraldo Magela (PT), chefe da pasta de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que ainda não sabe se tentará a reeleição para a Câmara dos Deputados ou se será o candidato ao Senado; Sandro Avelar (PMDB), da Segurança Pública, e Alírio Neto, da Justiça (PEN), que deverão se candidatar ao cargo de deputado federal; e Eduardo Brandão, do Meio Ambiente (PV), que pretende tentar uma vaga no Senado.
Além deles, outros nomes também aparecem na lista de prováveis candidatos. A secretária da Criança, Rejane Pitanga, tentará ser reeleita para a Câmara Legislativa, de onde está licenciada desde abril de 2012 para comandar a pasta. O secretário do Trabalho, bispo Renato Andrade (PR) e a comandante da Secretaria da Mulher, Olgamir Amância (PCdoB), também confirmaram que serão candidatos a uma vaga na Câmara Legislativa. Outros secretários que pretendem concorrer ao cargo de deputado distrital são Daniel Seidel (PT), da Secretaria de Desenvolvimento Social, Júlio César Ribeiro, do Esporte (PRB), Wilmar Lacerda (PT), da Administração Pública, e Newton Lins (PSL), de Assuntos Estratégicos.
O êxodo de dirigentes políticos também deve chegar ao segundo escalão do governo local. O diretor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Gastão Ramos (PCdoB,) não quis antecipar os planos políticos, mas a candidatura ao cargo de distrital é dada como certa. Todi Moreno (PEN), diretor do Procon/DF, diz que quer continuar no comando do órgão, mas que a decisão caberá ao seu partido, que por sua vez planeja indicá-lo para concorrer a uma vaga de distrital. O presidente da Codeplan, o petista Julio Miragaya, também está sendo convencido por correligionários a disputar uma vaga na Câmara Legislativa do DF.
Danos
O governo preferiu não comentar a iminente saída de tantos secretários e diretores de autarquias. Para o cientista político da Universidade de Brasília (UnB), professor João Paulo Machado Peixoto, os prejuízos causados pela dança das cadeiras no último ano do governo são inevitáveis. "O primeiro dano é gerado pela descontinuidade das políticas públicas, pois cada gestor tem equipes e ideias diferentes e em pouco tempo não é possível aplicá-las. Além disso, a tendência é escolher os substitutos pelo partido e não pela eficiência, o que pode atrasar ainda mais o desenvolvimento das pastas em questão. Toda troca representa uma paralisia inicial e redução de ritmo no trabalho", argumenta.
Fonte: Jornal Destak.
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