O
congresso do PPS do Distrito Federal, realizado na última sexta-feira,
22, onde foi aprovado, por meio de Resolução Interna, o lançamento da
pré-candidatura da deputada distrital Eliana Pedrosa para o GDF em 2014,
abre de vez a corrida para o Buriti.
A
presença do Senador Rodrigo Rollemberg (PSB), no evento, sinaliza
claramente para a disposição de um grande entendimento das forças de
oposição. Também pré-candidato ao governo do DF, o senador Rollemberg
desfruta de uma confortável situação político eleitoral, na medida em
que já lhe é assegurado o mandato até 2018.
Nesse
contexto, Rollemberg deverá ser flexível na hora de inserir o seu PSB
na composição da chapa majoritária que enfrentará PT e PMDB. É certo que
o PSB apresentará Eduardo Campos, governador de Pernambuco, como
candidato a Presidência da República, portanto, Rollemberg terá como
principal missão alicerçar no DF o palanque presidencial com o apoio de
um maior número de partidos. Entretanto, é razoável compreender que o
PSB terá que abrir mão de uma candidatura própria ao Buriti, se de fato
quiser atrair apoios a Eduardo Campos. Algumas análises políticas já
prevêem que os movimentos de bastidores caminham para um eventual
isolamento do PSB, caso prevaleça à manutenção de Rollemberg como cabeça
de chapa.
Em
contrapartida, o PPS de Eliana Pedrosa manteve formalmente a decisão de
se apresentar como palanque das oposições, tanto em nível local quanto
nacional, o que quer dizer que o “palanque duplo” já é uma realidade
para o partido. Aliados históricos no plano nacional, PSDB, DEM e PPS
devem também estar juntos no Distrito Federal. Para tanto, é necessário
reforçar o entendimento de que o grande embate local se dará com um PT
reforçado pelo PMDB e dono da máquina pública.
No
plano local, a tentativa do governador Agnelo Queiroz de promover a
desconstrução das sempre lembradas candidaturas de Roriz e Arruda,
demonstra que o atual stablshiment do GDF acredita muito pouco
na sua capacidade de vencer o pleito. O governador Agnelo e sua equipe
estão incorrendo no erro crasso de querer nivelar por baixo o ambiente
eleitoral. Ao gastar energia na tentativa policialesca de eliminar seus
adversários, Agnelo e Filippelli inviabilizam quaisquer possibilidades de
apresentar ao povo do DF ações e soluções de governo, se perdendo,
portanto, na teia conspiratória da politicagem.
Eliana
Pedrosa e Rodrigo Rollemberg avançam a cada dia, a despeito do
imponderável, que no âmbito local pode ser personificado no deputado
Federal Reguffe. O parlamentar tem caminhado com a indecisão daquele que
como se diz no futebol: “faz que vai, não vai e acaba fondo”. Reguffe
até agora também acabou não “fondo”. A dicotomia doutrinária de seu PDT
contribui fortemente para a inconstância política do deputado campeão de
votos em 2010.
Já
é hora de prestar bem atenção em tudo que acontecerá no meio político
daqui por diante. Tudo remete para outubro de 2014. É pena que governo
mesmo só a partir de janeiro de 2015.
Fonte: Guardian Notícias - Por João Zisman - redacao@guardiannoticias.com.br
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