A deputada Celina Leão
(PDT)
anunciou durante o comunicado de parlamentares, na tarde desta
quarta-feira
(20), que vai entrar com um mandado de segurança parlamentar para barrar
o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília – PPCUB e a
Lei de Uso e Ocupação
do Solo – LUOS, que tramitam na Câmara Legislativa, mesmo com a retirada
dos
pontos tidos como polêmicos. Celina, também, protestou sobre a Comissão
de Assuntos Sociais
(CAS), presidida por ela, não ter sido incluída na tramitação das
propostas.
“A tramitação das duas
proposições não cumpriu o regimento interno desta Casa, que diz que todo
projeto que trata do patrimônio histórico deve passar na CAS e não passou. Eu fiz
uma questão de ordem, entreguei requerimento e pedi para tramitar na CAS, porque
não querem que tramite lá? Não é só no PPCUB que temos patrimônio histórico,
temos áreas que não foram tombadas, mas é patrimônio histórico”, protestou a
deputada.
A parlamentar, ressaltou que não foram os pontos polêmicos que levaram a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a suspender a tramitação do projeto na
Casa, mas a recomendação do Ministério Público que apontou a falta de concordância do Conselho de Planejamento
Territorial e Urbano do DF (Conplan), registrada em ata, como requisito à
aprovação da proposta pela Casa. “O GDF recorreu, mas já perdeu o primeiro
recurso, se não passar pelo Conplan não tem validade jurídica e não é só o
PPCUB não, a LUOS também”, pontuou. “Fui questionada se estamos aqui para
defender os interesses da população ou de um secretário e respondi que, ao
menos eu, vou representar os interesses da população, que é contra a aprovação
dos dois projetos”, completou.
Celina defendeu que as audiências
públicas feitas pela CLDF devem continuar e criticou o Executivo por não ter
discutido com a comunidade. "Não há maturidade e nem debate suficiente
para colocar em votação o PPCUB e a LUOS, mesmo com o esforço da Câmara em
ouvir a população há quase um mês, além do valor jurídico dos projetos, que é
questionado pelo Ministério Público ", afirmou a deputada.
Para Celina o governo não se
esforçou em divulgar os projetos e nem em mobilizar a população para discutir
as duas proposições. "O GDF está gastando R$ 200 milhões com publicidade e
nenhum centavo foi destinado para publicizar os dois projetos", declarou. “A
quem interessa votar com tanta urgência dois projetos tão polêmicos, sem a
devida discussão, a toque de caixa? Em uma comissão que até pouco tempo era
tida pelo governo como de instabilidade política? A comissão continua a mesma,
ou acertos foram feitos ou precisamos saber a quem interessa a aprovação desses
projetos”, questionou.
A deputada ainda questionou o
motivo de a LUOS estar fora da polêmica. "A LUOS dá a falsa impressão de
que vai regularizar as áreas irregulares, isso é uma mentira, pois sequer essas
áreas constam da proposição. A LUOS é enorme e deve ser desmembrada em projetos
de leis específicos para cada cidade do DF”, defendeu.
Fonte: Assessoria da Deputada Distrital Celina Leão.
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