Após
a decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso, que anulou a sessão
em que a Câmara dos Deputados se recusou a cassar o mandato do deputado
Natan Donadon, , vários deputados passaram a pressiona o presidente da
Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN) use de suas prerrogativas para
decretar imediatamente a perda de mandato do deputado de Rondônia, que
se encontra preso por corrupção na penitenciária da Papuda.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), discorda da
posição de Henrique Alves de esperar a votação pelo plenário do STF para
definir o futuro de Natan Donadon. “Achei que foi uma decisão equivocada. Foi
dada a chance de corrigir um erro da Câmara e, portanto, demonstrar que
a Casa percebe o sentimento da nação e está em sintonia com a
sociedade. Se já temos uma decisão liminar que concede ao presidente da
Câmara a possibilidade de corrigir o erro, tínhamos que ter feito isso
hoje mesmo”, contestou.
A medida, contudo, tem oposição de petistas e de outros partidos,
como o PSB, que agora defendem esperar a decisão final do STF. Essa
atitude poderá aplicada também no caso dos deputados condenados no
mensalão, semelhante ao de Donadon. Para o deputado Reinaldo Azambuja
(PSDB/MS), o correto seria que a Mesa Diretora tivesse autorizado a
perda no primeiro momento, antes do caso ser pautado no plenário. Na
opinião do tucano, a resistência de petistas e outros partidos mostra
claramente que o objetivo principal é blindar os mensaleiros.
“O voto secreto é para blindar parlamentares que infelizmente não têm
compromisso com a sociedade e desgastam cada vez mais o Legislativo”,
apontou. O deputado defende urgência na votação da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) do voto aberto, que dá transparência sobre a posição
de cada parlamentar na hora da votação. “Estão fazendo um jogo de
empurra. O ministro tomou uma decisão sensata”, declarou.
Fonte: Diário do Poder / .
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