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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Caso Raad Massouh: Ataque é investigado

Com faixas e cartazes, apoiadores de Raad acompanharam a sessão e se mostraram revoltados com a decisão
 
A Câmara abriu uma sindicância, ontem, para apurar a publicação de comentários contra oito distritais postados pelo advogado Lincoln de Sena Moura, assessor parlamentar de Raad Massouh, em sua página pessoal no Facebook. O procedimento foi pedido pela Mesa Diretora e anunciado pelo presidente, Wasny de Roure, após o Correio publicar, na edição de ontem, reportagem sobre o caso. A decisão foi tomada pelo Colégio de Líderes.

Durante a reunião, Raad se desculpou com os demais colegas e disse que havia conversado com o funcionário. Depois da divulgação da reportagem, já não era mais possível ver as críticas postadas por Lincoln em sua página. O assessor, no entanto, manteve em seu perfil a lista com os números dos processos que oito parlamentares respondem ou responderam na Justiça. Entre os comentários apagados, Lincoln acusava os oito de estarem envolvidos em “situações muito piores e mais graves” que a de Raad e que “incoerência é a marca da Câmara Legislativa”.

Lincoln também publicou um esclarecimento ontem. Ele afirmou que não fez “nenhuma acusação a nenhum deputado distrital”. “Nada tenho contra qualquer deles”, frisou. A formação da comissão de sindicância deverá ser publicada no Diário da Câmara de hoje. Os trabalhos serão conduzidos por servidores de carreira. Entre as penas, Lincoln pode sofrer uma advertência ou até ser demitido. (AP) 

Para saber mais

Representações paralisadas 

A Câmara suspendeu, no último dia 30, o andamento da representação que poderia levar à perda de mandato de Benedito Domingos. Com isso, o processo dele ficou paralisado, assim como os de Rôney Nemer e Aylton Gomes. Os três são acusados de receber mesada em troca de apoio ao Executivo na legislatura passada. Já foram condenados por improbidade em primeira instância. E conseguiram liminar que suspende as representações na Câmara sob o argumento de que a denúncia contra eles deve ser analisada por instância superior do Tribunal de Justiça do DF.

Fonte: Correio Braziliense

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