Com faixas e cartazes, apoiadores de Raad acompanharam a sessão e se mostraram revoltados com a decisão |
A Câmara abriu uma sindicância, ontem, para apurar a publicação de
comentários contra oito distritais postados pelo advogado Lincoln de
Sena Moura, assessor parlamentar de Raad Massouh, em sua página pessoal
no Facebook. O procedimento foi pedido pela Mesa Diretora e anunciado
pelo presidente, Wasny de Roure, após o Correio publicar, na edição de
ontem, reportagem sobre o caso. A decisão foi tomada pelo Colégio de
Líderes.
Durante a reunião, Raad se desculpou com os demais colegas e disse que
havia conversado com o funcionário. Depois da divulgação da reportagem,
já não era mais possível ver as críticas postadas por Lincoln em sua
página. O assessor, no entanto, manteve em seu perfil a lista com os
números dos processos que oito parlamentares respondem ou responderam na
Justiça. Entre os comentários apagados, Lincoln acusava os oito de
estarem envolvidos em “situações muito piores e mais graves” que a de
Raad e que “incoerência é a marca da Câmara Legislativa”.
Lincoln também publicou um esclarecimento ontem. Ele afirmou que não
fez “nenhuma acusação a nenhum deputado distrital”. “Nada tenho contra
qualquer deles”, frisou. A formação da comissão de sindicância deverá
ser publicada no Diário da Câmara de hoje. Os trabalhos serão conduzidos
por servidores de carreira. Entre as penas, Lincoln pode sofrer uma
advertência ou até ser demitido. (AP)
Para saber mais
Representações paralisadas
A Câmara suspendeu, no último dia 30, o andamento da representação que
poderia levar à perda de mandato de Benedito Domingos. Com isso, o
processo dele ficou paralisado, assim como os de Rôney Nemer e Aylton
Gomes. Os três são acusados de receber mesada em troca de apoio ao
Executivo na legislatura passada. Já foram condenados por improbidade em
primeira instância. E conseguiram liminar que suspende as
representações na Câmara sob o argumento de que a denúncia contra eles
deve ser analisada por instância superior do Tribunal de Justiça do DF.
Fonte: Correio Braziliense
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