O dia 11 de setembro promete ser muito agitado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Será nessa data que o deputado Raad Massouh
(PPL) poderá ou não perder o seu mandato. O distrital pode entrar para a
história como o terceiro deputado cassado pelos colegas por quebra de
decoro na capital federal. A sessão decisiva está marcada para às 15
horas da próxima quarta-feira no Plenário da Casa.
Raad
Massouh é acusado de desviar parte de uma emenda parlamentar de R$ 100
mil, liberada em 2010 para um evento rural em Sobradinho.
Polêmicas: No
entanto, várias polêmicas tomaram conta durante todo o processo de
apuração de quebra de decoro parlamentar de Raad. O primeiro deles foi à
exoneração do delegado que chefiava as investigações Flamarion Vidal,
que sem nenhum motivo aparente, foi afastado do caso.
Logo
em seguida, antes da votação da Comissão de Ética, o deputado Dr Michel
(PEN), informou em entrevista, que foi vítima de tentativa de suborno.
Pelo menos dois homens são suspeitos da tentativa de extorsão ao
distrital com a quantia de R$ 2,7 milhões para ele votar contra a
cassação de Raad Massouh (PPL). O dinheiro viria de empresários supostamente envolvidos com a contravenção do jogo do bicho.
Por
último, o relator sorteado para analisar o caso, Cláudio Abrantes (PT)
que apresentou o relatório a favor da cassação de Raad, está sendo
vítima de vários ataques por parte de pessoas desconhecidas, deferindo
vários palavrões.
Histórico: No
último dia, 03, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou, por
quatro votos e uma abstenção, o parecer do deputado distrital Joe Valle
(PSB) que recomenda a cassação do mandato do deputado Raad Massouh (PPL)
por quebra de decoro parlamentar. Massouh é suspeito de desvio de
verba. Ele nega.
O
processo seguiu para a Mesa Diretora. Depois de receber o relatório, o
presidente da Câmara, Wasny de Roure (PT), leu o documento em plenário e
encaminhou para publicação no Diário Oficial do Legislativo no dia
seguinte. Depois da publicação, ele entra em votação na sessão seguinte –
o que deve ocorrer na próxima quarta-feira, 11, para a cassação do
mandato é necessários 13 votos. A votação não é secreta, a menos que Raad Massouh recorra a justiça.
Na
CCJ, os deputados Robério Negreiros (PMDB), Eliana Pedrosa (PSD) e
Chico Leite (PT) acompanharam o voto do relator Cláudio Abrantes (PSB) a
favor da cassação. Aylton Gomes (PR) se absteve.
O
curioso é que a votação que decidirá o futuro do parlamentar ocorre em
uma data que não é vista com bons olhos para o povo americano. Foi no
dia 11 de setembro de 2001, que o mundo parou diante das imagens do
maior atentado terrorista sofrido pelos Estados Unidos. Para muitos a
coincidência com a data é um presságio de que Raad de fato terá seu
mandato como parlamentar cassado.
Fonte: Guardian Notícias - Por Jean Marcio Soares
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