"A repetição não transforma em verdade uma mentira." Franklin Delano Roosevelt
Durante
a movimentada fase dos “fakes” que acirrou as brigas entre o Governo do
Distrito Federal e a oposição ao governo Agnelo (leia aqui e aqui)
, a jornalista e militante do PT, Débora Cruz, que exerceu o cargo de
Subsecretária de Articulação Social e Novas Mídias no GDF, não cansava
de repetir a quem perguntasse, que nada tinha a ver com os “fantasmas
virtuais” que vivia infernizando a vida de todo mundo. Eu nunca tive
dúvidas disso.
Dois anos e alguns meses depois, Débora Cruz, que também foi uma das
responsáveis no GDF pelo seminário de comunicação que deliberou sobre a
criação do Conselho de Comunicação Social no DF, pediu demissão por
desentendimento com alguns figurões da comunicação do governo, e,
poderia ter usado informações privilegiadas para jogar na lama alguns
deles. Mas não, permaneceu fiel aos seus princípios, dignidade
profissional, e ao seu partido e projeto que elegeu Agnelo Queiroz.
Mas alguns colegas jornalistas, a serviço de outros interesses, não a
poupam mesmo assim. Um blog da cidade deu notinha essa semana dizendo
que ela era encarregada dos fakes durante a campanha de Agnelo, e tinha
como missão atingir o deputado Reguffe a mando de Paulo Tadeu, que a
época era do PT/DF e disputava, igualmente com Reguffe, uma vaga para a
Câmara Federal.
Depois que a nota foi publicada em um jornal de Brasília, liguei para o
deputado federal Reguffe e perguntei sobre o episódio. Ele foi
categórico em afirmar que essa história nada vem a ver com os “fakes do
GDF”, e que o fato aconteceu durante a campanha de 2010, e que havia
conversado com a Debora na ocasião e ficado tudo esclarecido, e que para
ele este é um assunto definitivamente encerrado, “hoje nossa relação é
de respeito mútuo”, disse.
Para o Câmara em Pauta a jornalista Débora Cruz declarou indignada,
“não aguento mais ser acusada por algo que não fiz e que sempre combati
dentro e fora do governo. Comunicação Social, usando a internet ou
outros meios de comunicação, se faz com a verdade, com argumentos
políticos e ouvindo a população, nunca com perfis de identidade duvidosa
e com mentiras”, desabafou.
Nem Débora nem o deputado Reguffe souberam explicar porque este assunto
voltou novamente à baila. Como fez o deputado Reguffe, o jornalista
responsável pela nota bem que poderia dar por encerrada essa história, e
até quem sabe, pedir desculpas a colega de profissão.
Fonte: Câmara em Pauta / Blog do Edson Sombra
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