A
inédita decisão da Câmara de manter o mandato do deputado Natan
Donadon (sem partido/RO), preso há dois meses por desvio de dinheiro
público e formação de quadrilha, foi alvo de duras críticas. “Agora
temos essa situação de alguém com direitos políticos suspensos, mas
deputado com mandato. A Papuda que está homenageada. Vai causar inveja
muito grande aos demais reeducandos”, ironizou o ministro do STF Marco
Aurélio Mello.
A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Carmen
Lúcia, afirmou que, embora impopular, a decisão cumpriu o rito que
previa a palavra final do Congresso. “Se o resultado é benéfico ou
não, compete ao próprio povo depois verificar. Mas a Câmara cumpriu a
competência dela”, disse.
O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB/AL), afirmou não
acreditar que a decisão da Câmara desgaste o Congresso. Mesmo assim,
decidiu colocar em discussão o fim do voto secreto em votações.
Apenas afastado do mandato, Donadon aguarda o STF para ter de volta
salários e verbas indenizatórias. Suplente, o ex-ministro Amir Lando
(PMDB/RO) assumiu ontem o mandato. O PPS e o PSDB anunciaram que também
recorrerão ao Supremo, mas para anular a sessão que o manteve como
deputado.
Fonte: Jornal Metro Brasília
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