A realização de um plebiscito para definir tópicos de uma reforma
política - principal proposta da presidente Dilma Rousseff para acalmar
os protestos de rua - pode custar aos cofres públicos estimados
quinhentos milhões de reais, se considerados os gastos que vão da
campanha de esclarecimento da população até o transporte e resgate das
urnas e a contagem digital dos votos.
A consulta equivale a uma eleição nacional, com voto obrigatório. A
ausência à votação deverá ser justificada pelo eleitor. As últimas
eleições municipais, ocorridas em 2012, significaram um gasto de cerca
de quatrocentos milhões aos cofres públicos (R$ 395,2 milhões), e cada
voto custou R$ 2,81.
O governo deverá encaminhar ao Congresso mensagem propondo o
plebiscito, através do qual a população sinalizaria quais as "diretrizes
e balizas" para a realização da reforma política - segundo o ministro
da Educação, Aloizio Mercadante, que participa das reuniões sobre o tema
no Planalto.
TSE de férias - Nesta quinta, enquanto a presidente Dilma promovia
reuniões com presidentes de partidos e líderes aliados em seu gabinete,
prevendo para agosto o plebiscito, a ministra Carmem Lúcia, presidente
do Tribunal Superior Eleitoral, marcava na agenda oficial da Corte o
início das férias forenses. A partir de segunda-feira o Judiciário entra
em recesso.
É o TSE quem comandará o processo de consulta popular. Carmem Lúcia, no
entanto, ainda não se pronunciou sobre a viabilidade, os custos ou a
data provável para o plebiscito.
Fonte: R7 - Christina Lemos
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