Segundo fontes ouvidas pelo Jornal
Opção, o senador Gim Argello (PTB) e o vice-governador Tadeu
Filippelli (PMDB) estreitam conversas visando o embate de 2014. Eles
discutem um plano alternativo para, caso o PT insista em ignorar a força
partidária dos dois, ampliar a base de oposição à candidatura do PT ao
Palácio do Buriti. Não é mais segredo de ninguém a contrariedade de
Filippelli com o grupo de Agnelo que, na surdina, construía uma nova
configuração aliada ignorando solenemente o PMDB. A partir desta
constatação, Filippelli saiu a campo e está capitalizando os
descontentes do PT, caso do senador Gim Argello.
Os dois líderes têm capital político e serviços prestados ao Distrito
Federal, que sobrepõem qualquer confronto de equiparação com outras
legendas. Outro ponto que eles avaliam é que sempre apoiaram a gestão
Agnelo, mas a situação está beirando ao “abraço de afogado”. Se
insistirem em permanecer ao lado de Agnelo, além de serem ignorados, vão
perder tudo que foi construído politicamente em suas carreiras.
Gim Argello busca a reeleição e Filippelli sonha com o Palácio do Buriti.
“Ambos têm histórias de trabalho em prol do Distrito Federal e é
possível aglutinar outras lideranças, tanto das gestões de José Roberto
Arruda quanto de Joaquim Roriz”, avalia um ex-deputado distrital e
aliado de Filippelli. Mesmo com esta onda de protestos, os nomes mais
conhecidos da gestão pública são os que mais agregam votos nas classes D
e E.
As pessoas sabem que a vida real se constrói com lideranças fortes,
comprometidas com os interesses da população e não com palavras e
atitudes dúbias. Este talvez seja o maior pecado do PT: imaginar que o
povo pode ser comprado com “bolsa tudo”. Até o mais humilde dos cidadãos
sabe que o futuro se constrói no presente. Até agora, o futuro do
Brasil está cada dia mais sombrio e no DF, cada vez mais escuro e
incerto.
Fonte: Jornal Opção – Coluna Brasília – Wilson Silvestre
Nenhum comentário:
Postar um comentário