Um
dos principais motivos de descontentamento dos protestos que há duas
semanas ocupam as ruas do País, a proposta de emenda à Constituição PEC 37
foi rejeitada nesta terça-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados. A
matéria foi rejeitada por 430 votos contra. Outros nove votaram a favor
da PEC e dois se abstiveram. A derrubada da PEC foi acordada mais cedo
em reunião de líderes.
Todos
os partidos encaminharam o voto de suas bancadas pela rejeição do
texto. A queda da PEC foi comemorada por manifestantes que estavam na
galeria do plenário da Câmara. Após o encaminhamento, foi iniciado o
processo de votação e, assim que a negativa à matéria foi confirmada, o
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), proclamou o resultado. A cada voto contrário, os presentes gritavam e aplaudiam.
A
proposta limita o poder de investigação do Ministério Público (MP) ao
incluir na Constituição Federal um parágrafo que define que o órgão
somente poderá apurar infrações penais cometidas pelos seus membros. No
entanto, o poder de investigação do MP já não está previsto na
Constituição. A carta magna é omissa neste ponto.
Alves
afirmou que o grupo de trabalho formado para estudar o tema não
conseguiu chegar a uma proposta final que fosse satisfatória para
membros do Ministério Publico e delegados.
“Lamentavelmente
chegamos a 95% de acordo, faltou 5% para acordamos um texto. Diante
disso essa Casa demonstrou a boa-fé, a maturidade, o espírito público e a
vontade de estabelecer o perfeito entendimento entre Ministério Público
e delegados. Sem esse acordo, a PEC não poderia ficar pairando nessa
insegurança permanente”, afirmou. Os líderes partidários concordaram em
construir um novo texto que seja unânime em outro momento.
Fonte: Portal Terra
Ainda bem que essa PEC foi derrotada.
ResponderExcluirNão poderia deixar de, mais uma vez, abordar o premeditado assassinato do meu irmão Marcelo Oliveira Cavalcante, ex-assessor da ex-governadora Yeda Crusius do RS, que por sinal foi vergonhosamente “investigado”, tanto pela Polícia Civil do DF, quanto pelo Ministério Público do DF.
No assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, a investigação da Polícia Civil de SP chegou à conclusão de crime comum, diferente da investigação do Ministério Público de SP, que chegou à conclusão de um covarde e premeditado crime político. Hoje, passados mais de 10 anos da morte do ex-prefeito Celso Daniel, o caso ainda é lembrado e suscitado pela mídia, principalmente, devido a conclusões divergentes das investigações.
Mesmo eu sofrendo na própria pele, com o vergonhoso e descabido desfecho de suicídio da morte do meu irmão, que, sem dúvida, macula a imagem do Ministério Público do DF e também da Polícia Civil do DF, já que, em uma “estranha sintonia”, ambos conseguiram transformar o premeditado assassinato do Marcelo em suicídio comum, preferi defender a tese de que as investigações não deveriam ficar apenas a cargo da polícia, mas também a cargo do Ministério Público, já que em alguns casos, interferências políticas poderiam acabar modificando a verdade.
Apesar de todos os governos falarem que as polícias são de estado e não de governo, não é o que se vê, muitas vezes, na prática, hoje, no Brasil. A única coisa que, sinceramente, espero é que essa injustiça ocorrida na “investigação“ da morte do Marcelo, em plena capital do Brasil, não caia na vala do esquecimento e, que, em breve, a verdade venha à tona e os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos.
Marcos Cavalcante, irmão de Marcelo