A notícia do iminente rompimento entre o vice-governador do DF, Tadeu Filippelli (PMDB), e o governador Agnelo Queiroz (PT),
espalhou-se rapidamente pela cidade como rastilho de pólvora. A aliança
já vinha demonstrando sinais de fadiga desde meados do ano passado.
Filippelli
mandou recado ao governador dando conta de sua insatisfação. Foi
ignorado como são os apelos da maioria dos aliados do atual governo.
O
vice manteve sua posição e, com ela, suas reclamações nos bastidores.
Mais uma vez, não surtiram efeito. Filippelli resolveu ousar. Posou ao
lado do ex-governador Joaquim Roriz, durante missa na Catedral de
Brasília. A imagem foi interpretada como uma demonstração de
recomposição de uma velha aliança. PT e governo julgaram ser blefe.
Estavam errados.
Agora,
Filippelli foi mais longe. Usou a principal ferramenta de comunicação
de Agnelo, um grande jornal da cidade, para demonstrar sua insatisfação,
colocando-se como candidato à sucessão.
Reclama
da falta de "liturgia". Políticos mais novos desconhecem essa palavra.
Já os mais experientes sabem que essas relações não prosperam sem
afagos, cortesias e comunicação. Muita comunicação. Uma das áreas mais
falhas do governo PT no DF.
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