Foi
por cálculo político que o deputado Patrício (foto) insistiu para
ocupar o cargo de corregedor da Câmara Legislativa. Candidato a deputado
federal, Patrício acha que seus tempos de presidente da Câmara o
afastaram do dia a dia da população, prejudicando-o até do ponto de
vista eleitoral. A Corregedoria, encarregada de examinar questões
disciplinares e até processos de cassação de colegas, não garante
simpatia entre os distritais. Mas, avalia Patrício, permite-lhe atuar
junto com a opinião pública, que tem fortes compromissos com a defesa da
ética entre os parlamentares.
Dobradinha se reedita
Durante os dois anos de presidente, Patrício estabeleceu fortes
vínculos com seu vice, Doutor Michel. Entraram juntos inclusive na
campanha para reformar a Lei Orgânica e permitir a reeleição da Mesa.
Têm tudo para repetir a dobradinha agora que Doutor Michel é presidente
da Comissão de Ética da Câmara.
Raad à espera
Nada disso constitui boa notícia para o distrital Raad Massouh, que
responde a uma acusação de repassar R$ 100 mil por meio de emenda
parlamentar à Administração Regional de Sobradinho. O então
administrador, Carlos Augusto de Barros, fora indicado pelo próprio Raad
e usou o dinheiro público sem licitação. Raad apresentou sua defesa,
dizendo que nada tem a ver com o gasto. É o primeiro desafio para
Patrício na Corregedoria. Seu parecer sai até o dia 12.
Fonte: Jornal de Brasília - Do Alto da Torre - Por Eduardo Brito
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