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segunda-feira, 1 de abril de 2013

Blog gerou inquietação na política local

RENATO RIELLA

Num feriado morno, este mísero BLOG mexeu com a cidade, graças à série irresponsável de textos sobre possíveis candidatos ao governo do DF. Isto é pré-campanha – diriam os puristas da legalidade falsa.

Na medida do possível, vou atendendo às reclamações. Nesse sentido, registro que o deputado Chico Leite é uma boa opção de voto, mas certamente não terá espaço no PT para se candidatar a governador. Se abandonar o partido, onde está há dois mandatos, pode ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Se quiser optar pelo novo partido da ex-senadora Marina Silva, o tal Rede, terá antes de ver essa nova agremiação se viabilizar – o que parece impossível.

Cabe a Chico Leite trabalhar melhor, internamente, dentro do PT. O seu partido hoje não tem quadros eleitorais suficientemente fortes nem mesmo para disputar a eleição de senador (por que Paulo Tadeu aceitou virar conselheiro do Tribunal de Contas do DF?)

Enquanto isso, forças diferentes me pressionam a acreditar que o governador Agnelo Queiroz (PT) e o vice Tadeu Filippelli já se entenderam e que a dobradinha será mesmo mantida na eleição de 2014. Já escrevi aqui, sem medo de errar, que os dois juntos são praticamente imbatíveis – se arrumarem o governo nesta reta final e se fizerem uma campanha organizada. Isto é, se tudo der certo na vida deles – inclusive, e principalmente, o Estádio Mané Garrincha a a troca das empresas de ônibus.

Uns e outros da política até detalham a fórmula de entendimento entre o governador e o vice. Se reeleitos, os dois governariam com maior entrosamento no segundo mandato. Em março de 2018, no último ano de governo, Filippelli assumiria como governador, para que Agnelo pudesse disputar a eleição para o Senado (serão duas vagas em jogo, o que facilita as coisas).

Tendo quase um ano como governador em 2018, Tadeu poderá, então, fortalecer-se para ser o candidato a governador do PMDB, com apoio do PT. É a versão. Como disse, estes dois políticos e todos os outros que citei como possíveis candidatos ao GDF estão escondinhos, na moita, sem dizer que sim, nem que não. Mas o BLOG não entrou em recesso na Semana Santa. Pelo contrário! E especula daqui, especula dali, até chegar ao ponto certo. Não acredite em nada do que estamos publicando! Mas dê boas risadas, pois é tudo muito engraçado.

PMDB É UM PARTIDO EM RENOVAÇÃO, COMO..?

Tadeu Filippelli tem grave problema a resolver ao longo dos tempos, representado pelo partido que preside no DF: o PMDB. O único deputado federal do partido eleito em 2010 foi Pitiman, com 51.491 votos (só para comparar, o próprio Tadeu foi eleito deputado federal em 2006 com 134 mil votos).

O PMDB, portanto, é um partido de quadro restrito e com risco de perder o deputado Pitiman, pelos boatos que correm na cidade. Na Câmara Legislativa, onde a agremiação já foi muito forte, hoje temos o deputado Rôney Nemer, que pode ser concorrente à reeleição, mas é um dos 37 políticos denunciados pela Procuradoria Geral da República no processo da Caixa de Pandora, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.

O deputado Robério, calouro na política, ocupa a segunda vaga do PMDB na Câmara Legislativa, substituindo o tradicional Benício, que perdeu o mandato. Tadeu Filippelli tem um grande mérito: conseguiu afastar da direção peemedebista todos os comprometidos com a Caixa de Pandora. Ficou Nemer, que tem mandato. Cheguei a apostar (e perdi) que ele nunca tiraria da linha de frente do partido aqueles nomes envolvidos com bolsas e bolsetas do Arruda.

O certo é que o PMDB, além de perder a força eleitoral de Benício Tavares, perdeu a ex-deputada Eurides e outros políticos experientes. O partido tem hoje um quadro partidário relativamente purificado, mas carente de nomes potencialmente fortes na eleição de 2014. Portanto, Tadeu terá de trabalhar muito bem a recomposição de forças, para eleger parlamentares no próximo ano.

Conversas devem estar correndo nos bastidores de todos os partidos brasilienses. Aos poucos o BLOG vai passando as novidades. No momento, a novidade é que a política local se mexeu e se remexeu no feriado prolongado. Vamos lá, pessoal! Mas nada está decidido.

Fonte: Blog do Riella

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