Tentando formar uma chapa majoritária
vigorosa na disputa pelo GDF, os partidos de esquerda que se opõem ao
governo Agnelo Queiroz estão dispostos a abrir mão da cabeça de chapa.
PDT e PSB têm nomes para o cargo de governador, mas os presidentes
regionais das duas legendas definiram que a prioridade é a formação de
uma coligação competitiva. Seria a forma de aglutinar forças para a
sucessão.
“Nossa coligação para a chapa
majoritária será de esquerda. Não queremos montar uma coligação com a
possibilidade de vitória. Vamos montar uma chapa majoritária vigorosa
para ganhar a eleição em 2014”, afirma o presidente regional do PDT,
George Michel (foto).
DOIS NOMES DO PDT
Nesse sentido, segundo o presidente
regional, a sigla conta com dois nomes potenciais para o cargo de
governador: o do deputado federal José Antônio Reguffe e o do senador
Cristovam Buarque. “Podemos abrir mão deles em nome de composição mais
viável. Estamos falando de uma coligação para governarmos junto com
outros partidos”, comenta.
Posição semelhante é formalizada no
PSB. O presidente regional da sigla, Marcos Dantas, garante que o
partido busca a construção de uma chapa majoritária com diferentes
forças. Seriam PSB, PDT, PPS e PSOL. Segundo Dantas, nestas tratativas
os valores para a definição do candidato são a capacidade de aglutinação
de forças e a liderança política.
“É hora de muita conversa e café. Nós
estamos trabalhando muito já que o processo eleitoral foi deflagrado
antecipadamente desta vez. Mas é preciso muito cuidado. Você não pode
dormir no ponto, mas tem que se preocupar emconstruir bases políticas
sólidas para o projeto de 2014”, afirma Dantas.
Aliança será de centro-esquerda
Na formação da chapa proporcional, as
principais legendas de esquerda apontam para a chance de composições de
centro e centro-esquerda. “Ninguém ganha eleição sozinho. Mas para
formar coligação é preciso ter identidade. Não se pode descaracterizar a
composição”, diz Marcos Dantas, do PSB. Ao lado da coerência política,
Dantas considera que a ficha limpa e o compromisso com o projeto de
governo da chapamajoritária são atributos indispensáveis para candidatos
a cargos parlamentares.
“Nós não temos interesse em eleger
deputados de direita que não comungam com os programas dos partidos da
chapa majoritária”, emenda Georges Michel. PSB e PDT estão garimpando
novos candidatos para cargos proporcionais. Também estão de olho na
possibilidade de apoio dos partidos de esquerda participantes do governo
Agnelo, mas que estão insatisfeitos.
Fonte: Estação da Notícia
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