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domingo, 31 de março de 2013

Câmara não pode virar um puxadinho do Buriti 'Cristiano Araújo'

Natalia Rabelo, Jornal da Comunidade 

Após uma disputada votação na Câmara Legislativa, o deputado Cristiano Araújo (PTB) foi o escolhido para presidir a Comissão de Assuntos Fundiários (CAF). O parlamentar protagonizou um acirrado embate pela presidência da comissão na qual Cláudio Abrantes (sem partido) era o candidato preferido do governador Agnelo Queiroz (PT). 

A CAF é a comissão permanente que trata dos assuntos relacionados ao ordenamento territorial, à política fundiária, habitação, utilização dos recursos hídricos, entre outros assuntos relevantes para a cidade. Também era ela a comissão responsável por dois importantes projetos de organização urbanística do DF – a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Distrito Federal (Luos) e o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico (PPCUB). 

Mas diante da nova “formatação política”, Agnelo decidiu tirar da pauta legislativa os dois projetos. Ele alegou que prefere não submetê-los ao “clima de insegurança” gerado na Câmara Legislativa. Cristiano Araújo também foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal, onde foi exonerado pelo governador no final do ano passado. Em entrevista ao Jornal da Comunidade, Cristiano Araújo fala dos próximos passos da CAF, da retaliação sofrida pelo governo do Distrito Federal e da expectativa de que os projetos voltem para a comissão. 

Quais são as metas da CAF para os próximos anos? 

A CAF trata da questão fundiária de Brasília, um assunto importante para a cidade porque temos muitos problemas nesse sentido. Temos para tramitar o PPCUB e a LUOS. Faremos debates importantes para as cidades. Um exemplo é Brazlândia, que busca uma área de desenvolvimento econômico. Existe também um projeto para definição de uma área no Plano Piloto para ser a sede dos partidos políticos, além de uma área para o Ministério Público. Enfim, todos os assuntos que forem para discutir terras no DF, pretendo fazer um debate junto à população com audiências públicas. 

A comunidade terá participação mais decisiva? 

Sem dúvida. Ainda mais que as decisões tomadas na CAF interferem diretamente na vida de cada pessoa, de cada comunidade do DF. Não dá para fazer sem ouvi-los. 

Logo após a sua escolha para ser presidente da Comissão, o governador Agnelo retirou da Câmara a Luos e o PPCUB dois projetos importantes para a organização urbanística do DF alegando um clima de insegurança. Como se sente? 

A Comissão de Assuntos Fundiários foi a única que teve disputa interna de votos. Foram vários candidatos à presidência. Então, tendo em vista a maneira como eu sai do governo e como aconteceu essa disputa interna, é normal que o Poder Executivo queira saber qual vai ser a postura de cada um dentro da casa. Além da questão política, acredito que tenha sido para se fazer alguns ajustes no projeto. Acredito, também, que a decisão ainda não está fechada, há muita discussão em cima do PPCUB. Agora, o Legislativo é um poder autônomo. Tenho conversado com vários líderes da Casa e a grande maioria é contrária a isso. Se um presidente permitir esse tipo de intervenção, isso aqui vai virar o puxadinho do Buriti. 

O que acha que pode ter resultado na decisão do governador? 

A decisão pode ter sido tomada para amadurecer o projeto, além, claro, do clima político. Não é segredo para ninguém como eu saí da Secretaria e a forma como foi feita a disputa interna pela comissão. Já existia uma intenção do governo de colocar o deputado Cláudio Abrantes, só que não foi costurado dentro da Casa. Então eu costurei os votos internamente e quando o governo se atentou a isso deu todo o impasse. 

Espera que o governo devolva os projetos para a CAF? 

Hoje, sabemos da  importância que é o PPCUB e a Luos. Os dois projetos tratam de desenvolvimento econômico, modernização das cidades, qualidade de vida, geração de emprego, entre outras coisas. É um projeto muito importante para o Poder Executivo. Agora, na hora de mandar, naturalmente, quem sabe é o governador. 

Como analisa o atual governo? 

Acho que é um governo que encontrou uma máquina muito sucateada. Existiam grupos atuando para fazer corrupção. E quando o governador entrou, encontrou uma máquina deteriorada. Acho que a população ainda não consegue perceber as melhorias dessa gestão e o governo ainda não conseguiu mostrar à população para que veio e quais são as benfeitorias realizadas por ele. Porém, com o Acelera DF, acho que todos vão começar a perceber, de fato, os programas de governo nas ruas.

Fonte: Estação da Notícia

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