Parceria entre o PSDB de Aécio Neves e o PSB de
Eduardo Campos para eleger Pedro Taques (PDT/MT) à presidência do
Senado, no lugar de Renan Calheiros (PMDB/AL), que representa a aliança
entre PT e PMDB, pode ser o primeiro movimento de uma parceria maior em
2014 entre o pré-candidato do PSDB à Presidência e o governador de
Pernambuco
247 - Tidos como componentes em potencial de uma
chapa para a eleição presidencial em 2014, o senador Aécio Neves
(PSDB/MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), fecharam
nesta quinta-feira o que pode ser considerada sua primeira aliança.
Contra a candidatura Renan Calheiros (PMDB/AL) à presidência do
Senado, o PSDB decidiu em bloco pela candidatura alternativa do senador
Pedro Taques (PDT/MT), sob a orientação de Aécio, que já havia sugerido
que Renan retirasse sua candidatura.
Também em bloco e também contra a candidatura Renan Calheiros, o PSB,
que compõe a base do governo, negou apoio ao peemedebista e, como adiantou o senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE) ao 247, também vai de Taques.
O movimento do PSB é o mais significativo, pois a candidatura Renan
Calheiros não diz respeito apenas ao peemedebistas. Mais do que isso,
ela representa a aliança entre PT e PMDB, ameaçada no Palácio do
Planalto, hoje, apenas pelo PSB, e graças à figura de Eduardo Campos.
2014
Em visita recente ao Planalto, atendendo a convite da presidente
Dilma Rousseff, Campos garantiu apoio ao governo, mas se recusou a
tratar com a presidente sobre 2014. Além disso, no início da semana, o
governador de Pernambuco criticou a aliança PT/PMDB, dizendo que "há um
grande risco para quem monta coalização para governar quando a aliança
política não corresponde à aliança social feita para ganhar a eleição".
Segundo o socialista. "a expressão que o PMDB começa a tomar nessa
aliança é muito maior do que o que o PMDB representa na sociedade
brasileira e isso, um dia, é resolvido pelos políticos ou pelo povo".
Apesar das críticas, o PT não sinaliza com a possibilidade de substituir
o PMDB pelo PSB em 2014. Já o PSDB segue na tentativa de se fortalecer
para a próxima disputa presidencial. O primeiro passo pode ter sido dado
nesta quinta-feira.
Fonte: Brasília 247 - 31 de Janeiro de 2013 às 19:49
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