Estimulada pelas pesquisas que lhe dão 18% das intenções de voto em
eleição presidencial, mesmo estando há dois anos fora da mídia, a
ex-senadora Marina Silva (foto) já tomou decisões para o futuro. Não
transferirá seu título de eleitor, hoje no Acre, mesmo tendo
residência em Brasília.
Isso significa que só será candidata a um
cargo, a presidência da República. Nada de disputar o Buriti ou uma
cadeira no Senado pelo Distrito Federal, apesar de ser na capital que
ela alcança os índices mais elevados.
Marina também resolveu que o
partido a ser criado por ela não apoiará, em hipótese alguma, o atual
governo brasiliense.
Só três nomes em Brasília
Nos contatos feitos até agora, Marina tem se mostrado dura,
intransigente até, na escolha de nomes para o novo partido. Pelo que
já sinalizou, no Distrito Federal só aceitaria conviver com os
deputados José Antônio Reguffe, Chico Leite e Joe Valle. Isso não
significa, é claro, que qualquer um deles possa ser dado como
aquisição certa. Todos eles terão cálculos eleitorais a fazer. Nas
condições atuais, pode ser preferível — para os três — permanecerem
onde estão.
Bases em todo o País
Ainda não se conhece sequer o nome do partido a ser criado por Marina.
O núcleo, claro, será o seu Movimento Nova Política, mas nem os
interlocutores da ex-senadora em Brasília sabem como o partido se
chamará. Acham, porém, que não será difícil obter as 540 mil
assinaturas indispensáveis, pois Marina conta com deputados estaduais e
vereadores em todas as unidades da Federação.
Coordenação multipartidária
A ex-senadora preocupou-se em criar uma coordenação originária de
múltiplos partidos, evitando assim dar à nova legenda a conotação de
dissidência de partido maior, do PT, por exemplo. As figuras mais
próximas a ela são, hoje, o secretário paulista Walter Feldmann, ex-deputado tucano,
os deputados federais Domingos Dutra e Alessandro Molon, ambos petistas, e
o também deputado brasiliense José
Antônio Reguffe, do PDT.
Antônio Reguffe, do PDT.
Heloísa Helena de malas feitas
Marina Silva conta com adesões no PSOL. Aliás, deverá levar as duas
figuras mais conhecidas do partido. A atual vereadora Heloísa Helena,
ela própria ex-candidata presidencial, deverá disputar o Senado pelo
Rio de Janeiro. E o senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, também tem
conversado com Marina.
Fonte: Jornal de Brasília - Do Alto da Torre - Por Eduardo Brito
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