Especialistas em informática driblam sistema de segurança da votação eletrônica e dizem que a eleição não está imune a violações
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NÃO SÃO SEGURAS O professor Diego Aranha, que violou a urna em teste: “As falhas existem. As urnas não são 100% seguras como dizem” |
Há 16 anos, os brasileiros depositam suas expectativas políticas em urnas eletrônicas. O sistema se notabilizou principalmente pela agilidade na apuração e pela garantia, por parte do Tribunal Superior Eleitoral, de que é imune a violações.
Se a velocidade do trabalho de
contagem dos votos é indiscutível, a segurança das urnas nunca foi uma
unanimidade. Neste ano, a preocupação ganhou força depois que um grupo
de especialistas em informática descobriu falhas graves na proteção do
software utilizado nas urnas. A ação desses “hackers” fez parte de um
teste público realizado no TSE.
Em vez de ajudar a aperfeiçoar a votação
eletrônica, a iniciativa acabou reforçando a impressão de que o
processo eleitoral precisa evoluir e se tornar mais transparente.
Em
entrevista à ISTOÉ, o responsável pela equipe que conseguiu violar a
urna eletrônica de teste, o professor Diego Aranha, da Universidade de
Brasília, disse que foi pressionado para não divulgar a íntegra do
relatório em que apontou as falhas de segurança do programa desenvolvido
pelo TSE. “Apenas a versão aprovada pelo Tribunal foi publicada”, diz
Aranha. “As informações sensíveis foram suprimidas.”
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Fonte: Revista ISTOÈ - Edição Nº 2239
Blog do Edson Sombra
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