Por Wilson Silvestre - O poder político é uma tentação. Assim como Jesus quando foi “levado pelo Espírito ao deserto e, depois de jejuar 40 dias e 40 noites, teve fome e chorou”, conforme relato Bíblico em (Mateus 4:1–2). Muitos homens que ascendem à condição de mandatários, acabam perdendo a humildade e o poder lhes sobe à cabeça.
A História está repleta de exemplos, e o brasiliense ainda guarda na memória o que aconteceu com o ex-governador José Roberto Arruda. Antes de ser senador, era um homem simples, humilde, afável com os companheiros, assim que tomou gosto pelo poder, a vaidade e a arrogância o derrotaram.
Amargou um exilio fora dos holofotes. Novamente gastou sola de sapato e saiu em busca de votos para novamente conquistar o poder. Eleito governador, tudo ia bem quando o vírus da vaidade e da arrogância o atacou novamente. O fim da história é de conhecimento geral.
Feita esta introdução, vamos à análise sobre a subida e declínio de um parlamentar: Sidiney da Silva Patrício ou simplesmente, Cabo Patrício. Reeleito deputado distrital com mais de 22 mil votos, presidente da Câmara Legislativa por duas vezes, lider da Polícia Militar e com uma base de apoios ampliada além da categoria fardada.
De repente, o povo começou a abandoná-lo, como no recente episódio da Operação Tartaruga, engedrada pelos PMs e Bombeiros Militares. A categoria não permitiu sequer a presença de Patrício nas assembleias, preferindo buscar no prefeito de Água Fria, Entorno do DF, o ex-deputado João de Deus.
A explicação para esta indiferência e até menosprezo está no foto de que Patrício deixou de ser “o Cabo Patrício” e assumiu o figurino da elite classse média alta. Distanciou-se dos que o elegeram, mudou o discurso, de casa, corte dos ternos e pôs novos dentes. O sorriso passou de franco para dissimulado e já não atendia os apelos de seus pares, não para negociar, mas pelo menos conversar.
Veio o novo mandatário da vez como inquilino do Palácio do Buriti e sua corte. Patrício já estava aclimatado e ambientado nas cercanias do poder. Antigos companheiros, neófitos e estreantes no deslumbre de “quem manda agora somos nós”, bateram de frente com Patrício, ao perceber que ele estava querendo permanecer no posto de “chefe do legislativo”, a quem o mandatário da vez sempre pede bênção. Foi a gota d’água e começaram as conspirações para desalojar Cabo Patrício de sua cadeira.
O Buriti tem um outro projeto que não passa por Cabo Patrício: eleger alguém da base, de preferência um petista mais aliando com Agnelo. O problema é que o chamado grupo mais independente na CLDF pensa em alguém menos aliado com as ideias do Buriti. “Senão vamos ficar reféns do governo”, avalia um deputado.
O regimento da casa não permite reeleição e o porta-voz de Agnelo, deputado Chico Vigilante (PT), já pôs a boca na tuba e disse que não apoia reeleição. Neste voto, quase a metade dos deputados embarca. Patrício sabe que Agnelo e sua turma querem a deputada Arlete Sampaio na presidência da Casa.
O obstáculo de Arlete é não ter um bom trânsito e a confiança dos parlamentares do chamado baixo clero. Fontes do Buriti garantem que podem mudar este cenário. “A deputada Arlete Sampaio é mais ponderada e tem o equilíbrio necessário para tocar o legislativo até a Copa de 2014”, garante a fonte. O tamanho da encrenca é convencer os russos, ou seja, os deputados, principalmente, a turma que sonha em ver Eliana Pedroza (PSD) no lugar de Patrício.
É ingenuidade pensar que o Buriti vai permitir a oposição asumir a cadeira de Patrício. É neste ponto que ele aposta na hora que for negociar com o grupo palaciano, pois entre Arlete, Eliana e um outro candidato, é mais confiável tê-lo por perto. O PT já está tentando desgastar Patrício para ver se ele negocia. Como a vaidade e arrogância falam mais alto, é bem provável que ele lute até o fim para segurar o poder. Isto pode vir a ser o fim da carreira de Cabo Patrício.
Para alguns parlamentares, ainda é cedo para discutir o assunto, principalmente nomes. Deputados não querem mais focos da mídia fustigando a vida de cada um. A deputada Eliana Pedrosa resumiu bem a situação no legislativo num programa de TV: “Para desviar o foco (do governador Agnelo Queiroz), o legislativo apanha um pouco mais”, referindo-se às mazelas da CLDF.
Fonte: Jornal Opção
A História está repleta de exemplos, e o brasiliense ainda guarda na memória o que aconteceu com o ex-governador José Roberto Arruda. Antes de ser senador, era um homem simples, humilde, afável com os companheiros, assim que tomou gosto pelo poder, a vaidade e a arrogância o derrotaram.
Amargou um exilio fora dos holofotes. Novamente gastou sola de sapato e saiu em busca de votos para novamente conquistar o poder. Eleito governador, tudo ia bem quando o vírus da vaidade e da arrogância o atacou novamente. O fim da história é de conhecimento geral.
Feita esta introdução, vamos à análise sobre a subida e declínio de um parlamentar: Sidiney da Silva Patrício ou simplesmente, Cabo Patrício. Reeleito deputado distrital com mais de 22 mil votos, presidente da Câmara Legislativa por duas vezes, lider da Polícia Militar e com uma base de apoios ampliada além da categoria fardada.
De repente, o povo começou a abandoná-lo, como no recente episódio da Operação Tartaruga, engedrada pelos PMs e Bombeiros Militares. A categoria não permitiu sequer a presença de Patrício nas assembleias, preferindo buscar no prefeito de Água Fria, Entorno do DF, o ex-deputado João de Deus.
A explicação para esta indiferência e até menosprezo está no foto de que Patrício deixou de ser “o Cabo Patrício” e assumiu o figurino da elite classse média alta. Distanciou-se dos que o elegeram, mudou o discurso, de casa, corte dos ternos e pôs novos dentes. O sorriso passou de franco para dissimulado e já não atendia os apelos de seus pares, não para negociar, mas pelo menos conversar.
Veio o novo mandatário da vez como inquilino do Palácio do Buriti e sua corte. Patrício já estava aclimatado e ambientado nas cercanias do poder. Antigos companheiros, neófitos e estreantes no deslumbre de “quem manda agora somos nós”, bateram de frente com Patrício, ao perceber que ele estava querendo permanecer no posto de “chefe do legislativo”, a quem o mandatário da vez sempre pede bênção. Foi a gota d’água e começaram as conspirações para desalojar Cabo Patrício de sua cadeira.
O Buriti tem um outro projeto que não passa por Cabo Patrício: eleger alguém da base, de preferência um petista mais aliando com Agnelo. O problema é que o chamado grupo mais independente na CLDF pensa em alguém menos aliado com as ideias do Buriti. “Senão vamos ficar reféns do governo”, avalia um deputado.
O regimento da casa não permite reeleição e o porta-voz de Agnelo, deputado Chico Vigilante (PT), já pôs a boca na tuba e disse que não apoia reeleição. Neste voto, quase a metade dos deputados embarca. Patrício sabe que Agnelo e sua turma querem a deputada Arlete Sampaio na presidência da Casa.
O obstáculo de Arlete é não ter um bom trânsito e a confiança dos parlamentares do chamado baixo clero. Fontes do Buriti garantem que podem mudar este cenário. “A deputada Arlete Sampaio é mais ponderada e tem o equilíbrio necessário para tocar o legislativo até a Copa de 2014”, garante a fonte. O tamanho da encrenca é convencer os russos, ou seja, os deputados, principalmente, a turma que sonha em ver Eliana Pedroza (PSD) no lugar de Patrício.
É ingenuidade pensar que o Buriti vai permitir a oposição asumir a cadeira de Patrício. É neste ponto que ele aposta na hora que for negociar com o grupo palaciano, pois entre Arlete, Eliana e um outro candidato, é mais confiável tê-lo por perto. O PT já está tentando desgastar Patrício para ver se ele negocia. Como a vaidade e arrogância falam mais alto, é bem provável que ele lute até o fim para segurar o poder. Isto pode vir a ser o fim da carreira de Cabo Patrício.
Para alguns parlamentares, ainda é cedo para discutir o assunto, principalmente nomes. Deputados não querem mais focos da mídia fustigando a vida de cada um. A deputada Eliana Pedrosa resumiu bem a situação no legislativo num programa de TV: “Para desviar o foco (do governador Agnelo Queiroz), o legislativo apanha um pouco mais”, referindo-se às mazelas da CLDF.
Fonte: Jornal Opção
Blog Rádio Corredor por Odir Ribeiro
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