O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, aceitou pedido feito pelo secretário de Justiça, Alírio Neto (foto), ontem, 23 de novembro, e decidiu afastá-lo do cargo por 30 dias.
Alírio é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil desde agosto por suposto envolvimento no esquema de corrupção revelado pela operação Caixa de Pandora, e seu partido, o DEM, fez pressão para que ele retornasse ao cargo de deputado distrital na Câmara Legislativa para fazer oposiçção ao Governador Agnelo.
Só que Alírio é um dos grandes caciques do atual Governo do DF, tendo nomeado vários correligionários para cargos comissionados. Agora, está em maus lençois e a retirada por 30 dias é estratégica, porque tem falado aos amigos que não pode fazer opociação a Agnelo.
Em nota à imprensa, o governador afirmou ter tomado a decisão " de afastar o secretário para garantir isenção e transparência nas apurações em andamento". Após agradecer a contribuição do secretário ao Governo do DF, Agnelo disse "que aguardará a conclusão dos procedimentos instaurados na Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal".
A operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal no fim de 2009, revelou vídeos gravados pelo então secretário Durval Barbosa com imagens de deputados e do próprio governador José Roberto Arruda (DEM) supostamente recebendo dinheiro ligado a campanhas eleitorais no DF. Neto também era secretário de Justiça no governo de Arruda.
Delator do esquema, Durval Barbosa disse à Secretaria de Transparência do Distrito Federal que Alírio Neto, um ex-diretor-geral da Polícia Civil e dois servidores da corporação cobrariam propina de 10% dos contratos firmados com empesas de informática. Deste valor, 40% seriam entregues a Alírio Neto. Com o afastamento de Alírio Neto, assume a Pasta o secretário-adjunto Jefferson Ribeiro.
*Da Redação do Quidnovi com informações do IG Último Segundo.
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