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terça-feira, 15 de novembro de 2011

'PALAVRA DE GOVERNADOR É PROVA', DIZ AGNELO QUEIROZ - KKKKKK


FILIPE COUTINHO - DE BRASÍLIA 


O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), negou-se a apresentar provas de que o depósito de R$ 5.000 feito por um lobista em sua conta bancária era apenas o pagamento de um empréstimo feito em caráter pessoal.


Ao ser questionado sobre o tema, o petista afirmou, via assessoria, que a "palavra de um governador de Estado já é, por si, uma prova".


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Agnelo era diretor da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) quando, no dia 25 de janeiro de 2008, recebeu em sua conta pessoal um depósito de R$ 5.000 feito por Daniel Tavares, que trabalhava como lobista para a farmacêutica União Química.

Conforme a Folha revelou, Agnelo liberou no mesmo dia certificado para que a empresa pudesse participar de licitações. A Anvisa abriu investigação sobre o caso. A farmacêutica nega irregularidades.


Na segunda-feira da semana passada, Agnelo afirmou que o depósito foi a devolução de um empréstimo feito ao lobista. Ele disse que deu o montante em espécie, "em caráter pessoal, sem documento ou contrato".


Na quarta-feira, o petista afirmou que poderia provar que emprestou o dinheiro.


A Folha questionou quais eram as provas, mas ele não respondeu. Depois, por meio de assessoria, voltou à primeira versão. "O que o governador disse é que, de modo geral, há provas de que ele fala a verdade".


Em seguida, disse que a palavra de um governador deve funcionar como prova, "ainda mais quando confrontada com a de pessoas que a cada momento mudam de versão".


O lobista primeiro dizia que o depósito era parte de propina para o então diretor da Anvisa ajudar a União Química. Depois, passou a confirmar a versão do governador. A Polícia Federal já pediu ao Superior Tribunal de Justiça autorização para investigar o caso. Devido ao cargo, Agnelo tem foro especial. 




Fonte: FOLHA.com

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