Considerando-se as desculpas, certos administradores públicos nem chegam a ser precários.
Veja o caso do governador do DF, o petê Agnelo Queiroz.
Foi acusado de receber propina na época em que era diretor da Anvisa.
Parte do mimo pingou na conta bancária de Agnelo em 25 de janeiro de 2008.
Coisa providenciada pelo lobista Daniel Tavares, a serviço da União Química.
No mesmo dia, Agnelo liberou um certificado que autorizava a empresa a participar de licitações públicas. Básico. Uma mão suja a outra.
Dias atrás, veio à luz o comprovante do depósito. Compelido a explicar-se, Agnelo alegou que emprestara dinheiro ao lobista Daniel.
Assim, o depósito seria mero pagamento do tal empréstimo.
Generoso, Agnelo disse que adiantou a grana a Daniel em espécie. Contrato? Não havia. Promissória? Tampouco.
Generoso, Agnelo disse que adiantou a grana a Daniel em espécie. Contrato? Não havia. Promissória? Tampouco.
Agnelo afirmou que podeira provar que fizera mesmo o empréstimo.
O repórter Filipe Coutinho foi ao governador. Queria ver as provas.
O repórter Filipe Coutinho foi ao governador. Queria ver as provas.
O mandachuva da Capital da República mandou dizer: a "palavra de um governador de Estado já é, por si, uma prova." Hummmm!?!
Diz a canção: não confie em ninguém com mais de 30 anos. Agnelo prova: também não se deve confiar em ninguém com mais de 50.
Aliás, na dúvida, não confie em ninguém com menos de 30 ou com menos de 50. O seguro, você sabe, morreu gagá.
Outra coisa: por medida de segurança, evite comprar carro usado da mão de governadores que acham que “palavra de governador já é, por si, prova.”
A Anvisa adverte: sem prova, certos administradores incertos provocam incontornáveis malefícios ao benefício da dúvida.
Fonte: Blog do Josias de Souza - FOLHA
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