O PSDB vive dias nervosos em São Paulo. A situação do tucanato na maior e mais rica cidade do país é a seguinte:
Parte da legenda está nervosa porque José Serra diz que não é candidato a prefeito mas acredita-se que ele está fazendo cena e vai lançar a candidatura de surpresa.
Outra parte está nervosa porque Serra diz que não é candidato a prefeito e teme-se que ele não tenha mesmo a intenção de concorrer.
Uma terceira parte está nervosa porque Serra, além de dizer que não será candidato, afirma que o partido não tem condições de lançar nenhum outro nome.
Em meio ao surto de nervosismo, o PSDB realiza nesta segunda (28) um debate entre os tucanos que Serra trata como candidatos inviáveis à vaga que ele diz não querer.
São quatro os postulantes à condição de candidato oficial do PSDB à prefeitura paulistana: José Aníbal, Bruno Covas, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli.
Curiosamente, um dirigente tucano disse ao repórter que o PSDB ainda não desistiu de converter Serra em candidato na eleição de 2012.
Deseja-se convencê-lo de que sua pretensão presidencial para 2014 não tem guarida no partido.
Aníbal, Covas, Matarazzo e Trípoli tentam agendar para janeiro a prévia que fará de um deles o candidato consumado.
Como que decidido oferecer mais tempo para a caída da ficha de Serra, o governador tucano Geraldo Alckmin move-se para postergar a prévia até março.
Para injetar confusão num quadro já demasiadamente confuso, Serra passou a advogar a tese de que o PSDB nem deveria lançar candidato em São Paulo.
Afirma que o partido deveria indicar o vice na chapa de Guilherme Afif Domingos, o potencial candidato do PSD, a legenda criada pelo prefeito Gilberto Kassab.
O dirigente tucano que conversou com o repórter insinuou que Serra precisa decidir o que quer ser: candidato a prefeito ou a estorvo partidário.
Se for candidato à prefeitura, terá o apoio da direção. Se preferir ser candidato a estorvo, vai açular ainda mais os ânimos da legenda contra ele.
Enquanto o tucanato gira como parafuso espanado ao redor de Serra, o PT prepara o segundo estágio da pré-campanha.
Imposto por Lula, o ministro Fernando Haddad (Educação) virou candidato petista sem a necessidade de uma disputa prévia.
O petismo cuida, agora, de pavimentar a aliança que dará respaldo partidário e tempo de TV para Haddad vender-se ao eleitorado como favorito a quebrar a hegemonia tucana em São Paulo.
Fonte: Blog do Josias de Souza - FOLHA
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