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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

ORLANDO SILVA CAI, E INTERINO VIRA ALVO DE DENÚNCIAS



Ministro interino do Esporte após a demissão de Orlando Silva, o secretário executivo  da pasta, Waldemar Souza, assinou convênios com ONGs suspeitas de irregularidades. Filiado ao PC do B do Rio de Janeiro, Souza firmou o contrato de R$ 6,2 milhões com sindicato de cartolas do futebol para projeto da Copa de 2014.

Souza é homem de confiança de  Orlando. Passam pelo crivo dele os principais contratos da pasta. O PM João Dias Ferreira, que acusou Orlando de se beneficiar de esquema de desvios no Esporte, também cita Souza. O nome do secretário executivo  aparece, por exemplo, na prorrogação de convênio do Programa Segundo Tempo no valor de R$ 911 mil com o Instituto de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Idec), da cidade de Novo Gama (GO).

A entidade é de fachada e, apesar de ter assinado o contrato em 2009, jamais executou o projeto. Após o JT revelar o caso, o ministério decidiu cancelar o contrato.

Em janeiro, Souza assinou ainda convênio de R$ 1,2 milhão com o Instituto Pró-Ação, que repassou pelo menos R$ 1,3 milhão a empresas fantasmas em Valparaíso (GO). Antes, em novembro de 2010, o secretário executivo foi responsável por novo convênio, no valor de R$ 2,4 milhões com o Instituto Cidade, de Minas Gerais.

A entidade, que levou R$ 9 milhões nos últimos quatro anos, é ligada ao secretário de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro. Tem sede em Juiz de Fora (MG), onde Wadson é pré-candidato a prefeito pelo PC do B.

Aldo e Luciana cotados

Orlando falou com a presidente  Dilma Rousseff por dez minutos. Jurou inocência e não queria sair, mas Dilma afirmou que a crise poderia abalar a credibilidade do Brasil na organização da Copa. O PC do B se recusou a indicar nomes para o cargo.  Apesar disso, são cotados para a vaga os deputados federais comunistas Aldo Rebelo (SP) e Luciana Santos (PE).

Dilma queria demitir Orlando,  mas decidiu lhe dar voto de confiança para não ficar a reboque de acusações na imprensa. A sobrevida durou cinco dias. A petista avaliou que não conseguiria mantê-lo até a reforma ministerial, em janeiro, pois ele perdera condições políticas e a batalha da comunicação.

A investigação do Supremo Tribunal Federal sobre a suposta ligação de Orlando com as denúncias agravou a situação dele. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse haver “fortes indícios” de desvios, “em proveito de integrantes do PC do B”.

Fonte: Jornal da Tarde 
Blog Rádio Corredor por Odir Ribeiro

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