Em despacho divulgado nesta terça (25), a ministra Cármen Lucia, do STF, deferiu um lote de pedidos da Procuradoria da República no ‘esportegate’.
Relatora do pedido de abertura de inquérito apresentado pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel, a ministra determinou:
1. Que o STJ encaminhe ao Supremo, em 48 horas, o processo da ‘Operação Shaolin’, que apura fraudes em convênio firmados pelo Esporte com ONGs do delator João Dias.
Nesse inquérito, o ex-ministro do Esporte Agnelo Queiroz, hoje governador de Brasília, é acusado de receber propina.
Gurgel requereu ao STF que o processo seja incorporado ao novo inquérito, aberto agora para apurar fraudes praticadas sob Orlando Silva, sucessor de Agnelo.
2. Que o TCU e a CGU informem, em dez dias, se instauraram auditorias e procedimentos para apurar desvios de verbas no programa ‘Segundo Tempo’.
Esse programa, gerido pelo Esporte, está no epicentro da crise que engolfa o ministério. Só o delator João Dias beliscou convênios de R$ 3,1 milhões.
3. Que o Ministério do Esporte que envie ao Supremo, também em dez dias, cópias dos convênios firmados com ONGs sob suspeita.
Entre elas as duas entidades de João Dias (Federação Brasiliense de Kung Fu e Associação João Dias de Kung Fu).
O despacho menciona outras duas ONGs: Instituto Contato e Bola pra Frente-Pra Frente Brasil.
Cármen Lucia anotou no despacho que, depois de recebidos, os dados serão repassados ao procurador-geral Gurgel.
Cármen Lúcia indeferiu, por enquanto, o pedido do chefe do Ministério Público para inquirir Orlando Silva e Agnelo Queiroz.
Sobre isso, o Supremo vai decidir depois que as informações forem analisadas por Gurgel.
Na prática, o despacho de Cármen Lucia converteu Orlando Silva num ministro cuja idoneidade encontra-se enganchada num símbolo gráfico: ?
Fonte: Blog do Josias de Souza - FOLHA
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