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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ALI PELAS CERCANIAS DO PALÁCIO DO PLANALTO: "SE AGNELO NÃO CONSEGUIR SE DEFENDER, ELE QUE RENUNCIE!"

AGNELO QUEIROZ
Orlando Silva teve uma conversa a portas fechadas com a presidente Dilma Rousseff. Não se conhece o teor. O encontro até gerou aquela nota sobre presunção da inocência. É a política vivendo em clima de polícia, já que aquele princípio cabe bem num tribunal que julga questão criminal. É… Faz sentido! Não se sabe o que conversaram. Vai ver Orlando Silva tentou provar que o fato de o próprio governo cobrar que entidades devolvam R$ 40 milhões em dinheiro desviado é uma medida de sua eficiência… A conversa pode ter passado por lugares estranhos.

Silva e o PCdoB estão furiosos com um ex-correligionário e hoje filiado ao PT: Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal. Há alguns testemunhos muito contundentes dando conta de que era ele o chefão do esquema no Esporte — Orlando Silva foi seu secretário executivo e teria herdado a máquina. O escândalo já bateu às portas do petista. Ele já é, hoje, um investigado. Os comunistas menos exaltados o acusam de falta de solidariedade; os mais inflamados chegam a ver um dedo seu nas denúncias. Certamente o atual ministro teve a chance de lembrar à presidente que o caminho que o leva à guilhotina poderá ser trilhado pelo próprio Agnelo. Ele deve ter argumentado com a presidente que, permanecendo no ministério, evitar-se o pior pra todo mundo. Não sei se fui muito sutil…


Há gente no entorno de Dilma que não está convencida disso. E é nesse grupo que se chegou a desenhar o pior cenário: Agnelo ser engolfado por sua própria biografia. E alguém falou, acreditem, a palavra “renúncia”. Sim, uma cabeça coroadíssima do poder sustentou com ênfase que o PT não poderá ter um governador acuado por denúncias. Se a situação apertar, haverá a pressão para que ele caia fora, especialmente porque 2012 é ano eleitoral. De resto, Agnelo nunca foi, assim, um petista muito considerado; é, quando muito, um agregado. E há no partido e no governo gente que tem horror do que considera sua falta de sofisticação em determinadas práticas.

Sim, a coisa foi mais ou menos nestes termos: “Se ele não tiver como se defender, que renuncie; contaminar o governo e o partido é que ele não vai”. Acham que a sua situação é especialmente grave por governar o Distrito Federal, que passou pelo trauma conhecido.

A propósito…

Não vi um só petista ou esquerdistas argumentando que Durval Barbosa, o acusador de José Roberto Arruda, era um “bandido”. Agnelo, diga-se, só é governador por causa das suas denúncias, já que, pré-escândalo, a reeleição de Arruda era dada como certa.

Essas coisas dão o que pensar, não é mesmo? A Polícia Federal conseguiu fisgar Barbosa e transformá-lo num municiador de provas contra Arruda. Pena não ter recorrido ao mesmo método com João Dias. Denúncias não faltavam. VEJA relatou as lambanças no Ministério do Esporte em alentada reportagem no dia 5 de março de 2008. Imaginem João Dias com uma câmera escondida… De todo modo, parece que ele tinha microfones escondidos…

Por Reinaldo Azevedo
 
Fonte: Veja.com

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