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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

ALÍRIO NETO INVESTIGADO PELA POLÍCIA CIVIL 'ESTAMOS DE OLHO'

 

Secretário de Justiça do GDF foi acusado por Durval Barbosa de receber 40% da propina paga por empresas de informática 

 

Brasília247 - O secretário de Justiça e Cidadania do governo do Distrito Federal, deputado distrital Alírio Neto (PPS), está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Civil, mas, segundo informações não oficiais, o inquérito 070 está parado por ordens superiores. Está na "geladeira", no jargão policial. Alírio Neto, que é delegado da Polícia Civil, foi acusado pelo também delegado Durval Barbosa de ter recebido propinas no governo de José Roberto Arruda.


SECRETÁRIO DE JUSTIÇA ALÍRIO NETO
Durval, que mediante delação premiada desencadeou a Operação Caixa de Pandora e o Inquérito 650, que tramita sigilosamente no Superior Tribunal de Justiça, prestou dois depoimentos a uma comissão de processo administrativo constituída pela Secretaria de Transparência e Controle do Distrito Federal. 

DURVAL BARBOSA
Nos depoimentos, Durval Barbosa diz que existiam na Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, chefiada por Alírio Neto no governo de Arruda e ainda sob seu comando, no governo atual, dois contratos na área de informática que rendiam 10% "a título de propina". O próprio Durval controlava a arrecadação do dinheiro e sua distribuição.

Segundo ele, o policial aposentado Marcelo Toledo recolhia o dinheiro e 40% ficavam "para a Secretaria contratante", de Alírio. Os restantes 60% eram assim divididos: 40% para o então governador Arruda, 30% para o vice-governador Paulo Octávio, 10% para Maciel (presume-se que seja o secretário José Geraldo Maciel), 10% para o assessor de imprensa de Arruda, Omézio Pontes, e 10% "retido para despesas imediatas".

SECRETÁRIO DE JUSTIÇA ALÍRIO NETO
Alírio Neto, de acordo com o depoimento, recebia 40% "entregues em mão e em espécie por Marcelo Toledo ao próprio Alírio ou às pessoas por ele indicadas, como o policial Aguinaldo (talvez delegado) e na maioria das vezes ao policial, cujo nome não se recorda, conhecido pela alcunha de "Leãozinho".

O secretário de Transparência, Carlos Higino, disse que não encaminhou investigação contra Alírio à Secretaria de Segurança Pública, mas confirma que enviou, na íntegra, os depoimentos de Durval Barbosa à Polícia Civil. De acordo com Higino, os policiais civis são regulados por legislação específica. Por isso, só podem ser investigados dentro da própria instituição.

O secretário de Justiça Alírio Neto foi informado pela reportagem sobre os depoimentos, mas não retornou as ligações.

Fonte: Brasília 247 - 26 do Agosto de 2011 às 16:55.

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