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quinta-feira, 28 de julho de 2011

De lojas a oásis, uma idéia inócua


Proposta de Raad Manssouh para combater a baixa umidade no Distrito Federal é atacada pela Fecomércio, que teme encarecimento dos produtos para cobrir despesas de umidificação
 
 O sonho de cada loja do Distrito Federal com mais de 300 metros quadrados se transformar em um oásis está se transformando em pesadelo para os comerciantes. A inócua proposta do deputado distrital Raad Manssouh (DEM), aprovada na Câmara Legislativa na véspera do recesso parlamentar, começa a ser bombardeada pela Fecomércio. A entidade vai pressionar o governador Agnelo Quiroz no sentido de vetar o projeto.

A lei que determina a implantação de sistemas de umidificação e climatização em lojas vai aumentar os custos dos produtos, avalia o presidente em exercício da Federação do Comércio Carlos Augusto Baião, um dos principais adversários da iniciativa.

“No mínimo essa lei é inócua. Quantas empresas, pelo menos no setor de comércio e serviços, ocupam áreas acima de 300 metros quadrados no DF? Posso garantir que não passam de 10%. Temos 75 mil empresas legalizadas, então estamos falando de 7,5 mil empresas que teriam a obrigatoriedade de adotar. Não vai resolver problema nenhum da população”, afirmou Baião, conforme relato do Uol.

O texto aprovado pela Câmara Legislativa estipula que os novos comerciantes não terão alvarás de funcionamento se não atenderem às especificações. Aqueles que já estiverem instalados terão um ano para adotar as regras, se Agnelo sancioná-las. “Essa medida afetaria, por exemplo, as principais lojas de shopping centers. Mas se o clima seco é um problema, as próprias lojas vão se ajeitando e o consumidor escolherá onde quer comprar”, disse Baião.

Recentemente, os comerciantes do Distrito Federal tiveram de se adequar a uma lei que exigia a exibição de número de telefone e endereço do Procon nos letreiros de todas as lojas. “Em vez de despoluir, criamos mais um mecanismo para essa indústria”, afirmou o presidente em exercício da Fecomercio-DF. “Isso é tudo custo que uma hora ou outra acaba sendo repassado para o consumidor, que pouco ganha nessa disputa.”

Fonte: Blog do José Seabra

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