Acusados de uso indevido do dinheiro público, enriquecimento ilícito e formação de quadrilha, todos os nove vereadores de Fronteira, no Triângulo Mineiro, foram presos no dia 19. Segundo o Ministério Público, a quadrilha que se apossou da Câmara Municipal, lacrada por ordem judicial desde fevereiro, desviou para os próprios bolsos, em apenas um ano e meio, R$ 600 mil das “verbas indenizatórias” destinadas à compra de combustível para os carros oficiais. No dia 21, os nove foram levados para depor no fórum de Frutal, onde estão presos.
Obedientes à lei, os policiais estenderam o tratamento dispensado aos detentos sem cadeira na Câmara aos vereadores Maurílio Carlos de Toledo, Raidar Mamed, Sileide Nunes do Nascimento Faitarone, João Veraldi Júnior, Nildomar Lázaro da Silva, José Marcelo Soares dos Santos, Eduardo Florêncio de Souza, Daniel dos Reis Linhares Pontes e Samer Saroute. Todos chegaram a bordo de camburões, algemados e vestidos de presidiários.
Obedientes à lei, os policiais estenderam o tratamento dispensado aos detentos sem cadeira na Câmara aos vereadores Maurílio Carlos de Toledo, Raidar Mamed, Sileide Nunes do Nascimento Faitarone, João Veraldi Júnior, Nildomar Lázaro da Silva, José Marcelo Soares dos Santos, Eduardo Florêncio de Souza, Daniel dos Reis Linhares Pontes e Samer Saroute. Todos chegaram a bordo de camburões, algemados e vestidos de presidiários.
Acampadas na entrada do fórum, as famílias dos criminosos reagiram à presença de repórteres e câmeras da TV com a indignação que tem faltado às vítimas do roubo. Exigindo aos berros “mais respeito aos familiares”, desafiando os jornalistas com gestos obscenos, impediram que as cenas fossem filmadas. Os quadrilheiros só aceitam exibir-se na telinha em liberdade.
Há alguns anos, parentes de ladrões capturados temiam a fúria das vítimas e sentiam vergonha. Hoje, os familiares de políticos bandidos é que se enfurecem ─ e afrontam a gente honesta com o espetáculo da pouca vergonha. A coluna pede desculpas pela divulgação das cenas repulsivas. Mas é preciso mostrar sem camuflagens o que pode acontecer a um país que aceita ficar parecido com um grande clube dos cafajestes.
Fonte: Blog do Augusto Nunes - VEJA
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