Integrante
da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o
brasiliense José Antônio Reguffe denunciou manobra dos planos de saúde.
Aos poucos, passaram a recusar a venda de planos individuais. Só aceitam
vender planos coletivos. Reguffe pôs sua equipe para pesquisar.
Constatou que inclusive gigantes do setor, casos do Bradesco, da Sul
América e da Unimed Seguros, estão agindo assim. Dessa forma, obrigam os
interessados a formarem grupos de quatro, cinco ou mais segurados, para
se inscreverem. São os chamados planos PMEs, referência a pequenas e
médias empresas. Assim, diz o deputado, criam-se agora falsos planos
PMEs.
Prerrogativa de rescindir
Há um truque aí embutido, mostra Reguffe. É que, em se tratando de
planos coletivos, as seguradoras têm a prerrogativa de rescindir
unilateralmente os contratos. Se um dos segurados surge com doença que
exige dispêndios elevados, como internação duradoura ou medicamentos
caros, o plano pode recusar a renovação do contrato no final do ano. O
segurado fica literalmente no espaço, pois, diz Reguffe, “não conseguirá
outro plano de saúde, porque ninguém vai querer alguém que tem uma
doença preexistente que exija um tratamento oneroso”.
Agência inerte
O
pior de tudo, para Reguffe, é que a Agência Nacional de Saúde
Suplementar, que é a agência reguladora do governo para a área, não
fiscaliza esse processo. Não pode alegar desinformação, pois as
seguradoras até divulgam informes publicitários sugerindo os planos
coletivos. Fonte:
Jornal de Brasília - Do Alto da Torre
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