Embora a assinatura dele não conste no contrato, imagens mostram ex-presidente junto com Agnelo
Uma figura ilustre testemunhou a assinatura do termo de compromisso firmado entre o então governador Agnelo Queiroz e a Band, para a realização da Fórmula Indy em Brasília: o ex-presidente Lula. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), há uma sequência de irregularidades na negociação: não constam testemunhas no termo assinado e não há qualquer publicação no Diário Oficial.
As irregularidades identificadas nos processos que culminariam na realização da prova foram apontadas pelos promotores na ação de improbidade administrativa protocolada contra o ex-governador. Na semana passada, o Tribunal de Justiça do DF acatou o pedido do MPDFT e bloqueou os bens do petista, bem como de outros quatro gestores dos contratos questionados.
Embora não figure formalmente como testemunha no documento, Lula estava no palco, ao lado do ex-governador Agnelo Queiroz e do presidente do Grupo Bandeirantes, Johnny Saad, em São Paulo, quando o fatídico termo de compromisso fora assinado. Era 21 de março de 2014. Segundo a assessoria de comunicação do Instituto Lula, o ex-presidente não estava lá para testemunhar a assinatura.
Coincidência
Em nota, o Instituto Lula informou que o ex-presidente Lula “não participou, de forma algumas, das negociações” para a realização do evento no DF. “Ele estava presente na convenção da Band no dia 21/03/2014 para fazer um discurso sobre o Brasil para as retransmissoras do grupo, como fechamento do encontro onde foi anunciada a nova programação da emissora”, diz o Instituto, no texto.
Teria sido apenas uma coincidência, já que no mesmo evento foi anunciado o acordo com o GDF.
O documento previa a adoção de medidas administrativas e legais destinadas a viabilizar a realização da etapa brasileira da Fórmula Indy nos anos de 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.
Para eles, evento é importante
O ex-presidente Lula sempre foi um entusiasta da Fórmula Indy. Em 2010, uma imagem do petista usando um capacete que ganhara de presente do piloto Hélio Castroneves ganhou o mundo. Na época, a prova de abertura do campeonato mundial foi realizada em São Paulo. Lula manifestara seu apoio, com a justificativa de que a prova promoveria o etanol brasileiro.
Em encontro com pilotos, cinco anos atrás, o petista ressaltou a importância da competição para a economia do País.
Seguindo o mesmo coro, o ex-governador Agnelo divulgou nota, no fim de semana, em que se defende das acusações do MPDFT. Para o petista, o evento visava aumentar a arrecadação tributária e a qualidade de vida no DF.
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