Relatos espantosos de corrupção, seja pelos valores envolvidos, seja pelas personalidades do governo envolvidas, ilustram os quatro anos de governo que agora se esgotam
Falta menos de um dia para o fim do governo Agnelo Queiroz (PT) no Distrito Federal. Para o fim da pior crise administrativa da história do Distrito Federal, não se sabe quantos dias faltam. Quem sabe semanas. Ou até meses.
Sede do governo do Distrito Federal, Brasília tem mais de 2.800 mil habitantes. É a quarta cidade mais populosa do país. E a maior cidade do mundo construída no século XX. Completará 55 anos de fundação no próximo dia 21 de abril.
Só foi governada pelo PT duas vezes. A primeira de 1995 a 1998, aos cuidados de Cristovam Buarque. A segunda de 2011 até hoje, aos cuidados de Agnelo.
Cristovam tentou se reeleger, mas não conseguiu, embora tenha deixado o cargo de governador com pouco mais de 80% de aprovação.
Agnelo tentou se reeleger, mas não passou do primeiro turno. Deixará o cargo como o governador mais rejeitado do país. Algo como mais de 70%.
O desastre do governo Agnelo não tem paralelo – nem dentro e nem possivelmente fora do Distrito Federal.
É o governo federal que paga as despesas com Saúde, Educação e Segurança Pública do Distrito Federal. O sonho de qualquer governador.
Pois bem: a administração de Agnelo provocou a falência do Distrito Federal. O próximo governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), herdará um buraco estimado em quase R$ 4 bilhões.
- [Vemos] um total descontrole, total desorganização e total irresponsabilidade administrativa, com o aumento exponencial dos gastos. Gastos, muitas vezes, contratados sem o apoio, sem o acordo, sem a concordância da Secretaria de Fazenda. Eu diria que na história política do Distrito Federal nunca houve um desequilíbrio financeiro e orçamentário como este que estamos assistindo.
Estão atrasados os salários de parte dos servidores públicos. Por falta de médicos, o maior hospital de Brasília mantém fechados 10 leitos de UTI. Acompanhantes de doentes em unidades de saúde perderam o direito a refeições. Fecharam dezenas de creches. Linhas de ônibus funcionam precariamente porque o governo não paga o que lhes deve.
Nem por isso o governo Agnelo desistiu de promover o tradicional réveillon da Esplanada dos Ministérios. Gastará quase R$ 2 milhões com a festa. Tudo por exigência do PT, que achou que o cancelamento da festa poderia esvaziar a cerimônia de posse da presidente Dilma no dia seguinte.
Relatos espantosos de corrupção, seja pelos valores envolvidos, seja pelas personalidades do governo envolvidas, ilustram os quatro anos de governo que agora se esgotam. E que já vai tarde.
'Nem tão cedo o PT governará novamente o Distrito Federal.'
Agnelo Queiroz (PT)
Fonte: Blog do Noblat por O GLOBO.
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