A disputa pelo comando do Ministério da Cultura (MinC) está acirrada. Com o retorno da ex-ministra Marta Suplicy ao Senado, o nome do seu substituto é motivo de polêmica.
Juca Ferreira, ex-ministro de Lula e preterido por Dilma Rousseff, no atual governo, quer de volta a cadeira após fazer o elo da presidente durante a campanha com a classe artística. Não será fácil.
Correndo por fora, vem o ator Antônio Grassi, ex-presidente da Funarte, no atual governo de Dilma e mentor da ex-ministra Ana de Holanda, que ocupou a cadeira do MinC nos dois primeiros anos desse governo a convite da própria presidente Dilma Rousseff. Grassi está apostando em seu relacionamento com a irmã de um dos mais célebres artistas brasileiros e que colocou a cara à tapa na campanha de Dilma: nada mais nada menos que Chico Buarque.
Nesse jogo de padrinhos - Juca afilhado de Lula e Grassi afilhado de Chico - a presidente Dilma ficou com senador e acadêmico José Sarney, criador da primeira lei de Incentivo a Cultura - a chamada Lei Sarney, que serviu de base para a atual 'Lei Rouanet'. Mas ele tenderá a declinar ao apelo de Dilma.
Com o Pró-Cultura batendo à porta do novo governo e sendo Sarney o relator do projeto no Senado, o velho cacique poderia fechar com chave de ouro a carreira política deixando como legado a nova Lei de Incentivo tão esperada pelos artistas e considerada mais democrática.
Enquanto os petistas autênticos Juca e Grassi brigam pela Cultura, nos bastidores comenta-se que o ator perdeu alguns pontos no último ano, quando esteve à frente do Centro de Arte Contemporânea de Inhotim, em Brumadinho/MG. Lá ele andou namorando o presidenciável Aécio Neves para ganhar o MinC numa eventual vitória do candidato.
Fonte: QuidNovi por Mino Pedrosa.
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