reforça a necessidade da convocação de todos os aprovados no
último concurso
Brasília, 02 de setembro de 2014 – O poder executivo
autorizou a criação de 3.029 vagas para os diversos cargos da Polícia Civil do
Distrito Federal (PCDF). Entretanto, o concurso público realizado no último ano
não amplia o quadro como previsto na lei 12.803/2013. Até agora, dos 1.122
aprovados, apenas 500 foram nomeados. A situação contribui para o déficit da
segurança pública e compromete a qualidade do serviço prestado ao cidadão, além
de arriscar a saúde do profissional.
Mesmo com o crescimento populacional e, consequentemente, da
demanda na segurança pública, a quantidade de agentes de polícia se mantém
desde 1993. Segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos anos 1990, a população do Distrito
Federal era de 1,6 milhão. Na década seguinte, pulou para 2,6 milhões e ao
acrescentar o entorno, o número salta para quatro milhões. Os dados do Mapa da
Violência colocam o DF em 478º lugar no ranking com 5.569 municípios e com uma
taxa de homicídios de 38,9. A região está à frente de Rio de Janeiro (1091º) e
São Paulo (1554º).
O combate à violência e a prevenção de crimes são possíveis
por meio de um conjunto de ações. Anteriormente, acreditava-se ser primordial a
compra de viaturas e equipamentos. Hoje, além disso, o modelo moderno de
segurança pública investe na inteligência policial, na capacitação, na melhoria
das condições de trabalho, na aproximação dos policiais com a comunidade. “Não
podemos continuar com o mesmo quadro há mais de 20 anos. É de fundamental
importância para a população do DF a imediata convocação de todos os aprovados
no último concurso”, o alerta é do vice-presidente do Sindicato dos Policiais
Civis do DF (Sinpol/DF), Renato Rincon.
“A escassez dos policiais civis nas delegacias e nas ruas
vem aumentando os problemas de saúde dos profissionais, são casos de estresse e
até alcoolismo e depressão. Infelizmente, tivemos suicídios neste ano e
diversos pedidos de afastamento”, relata Rincon.
Dentro das delegacias, três a quatro policiais fazem o atendimento aos cidadãos. Se antes era possível registrar uma ocorrência imediatamente, hoje, a espera pode chegar a duas horas. O número não é suficiente para atender à demanda. Assim como nas investigações, os agentes estão sobrecarregados e podem ficar responsáveis por mais de 100 casos. O resultado é o atraso na resolução dos crimes, o que contribui para o aumento da impunidade. Problema também nas ruas, sem efetivo, os agentes não conseguem atender todas as chamadas externas.
Dentro das delegacias, três a quatro policiais fazem o atendimento aos cidadãos. Se antes era possível registrar uma ocorrência imediatamente, hoje, a espera pode chegar a duas horas. O número não é suficiente para atender à demanda. Assim como nas investigações, os agentes estão sobrecarregados e podem ficar responsáveis por mais de 100 casos. O resultado é o atraso na resolução dos crimes, o que contribui para o aumento da impunidade. Problema também nas ruas, sem efetivo, os agentes não conseguem atender todas as chamadas externas.
Os números da PCDF de agosto deste ano apontam que existem,
pelo menos, 2.351 vagas disponíveis para agente de polícia. Os outros cargos
também sofrem com o déficit: atualmente, há mais de 522 vagas escrivães em
aberto. Com poucos profissionais na função, o trâmite dos inquéritos se torna
lento. A solução em parte está na convocação dos aprovados do último concurso.
Entretanto, ainda serão necessários outros certames para que o número de vagas
aprovado pelo governo federal seja preenchido.
O Sinpol/DF lembra que não há problemas com o orçamento, mesmo que a nomeação de todos os 1.122 aprovados impacte em R$ 50 milhões, até o final do ano. A União, por meio do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), disponibilizou ao GDF cerca de R$ 11 bilhões. “A maior parte desta quantia deveria ser destinada para a segurança pública como previsto na legislação, mas não é o que acontece. Diferentemente da saúde e da educação, que recebem outras verbas dos governos local e federal, a segurança pública só conta com o FCDF para prover os recursos necessários”, explica o vice-presidente.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA – SINPOL/DF
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