Conhecido por suas declarações polêmicas e influência entre os evangélicos, o Pastor Silas Malafaia foi contundente ao falar sobre sua oposição à gestão da presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista exclusiva ao InfoMoney, o líder religioso afirmou que a
eleição representa uma "oportunidade de ouro" para o eleitor colocar o
país de volta ao trilho do desenvolvimento sustentável. As declarações
são um sinal de que Dilma terá dificuldade em obter apoio entre os
evangélicos - apenas o bispo Edir Macedo tem mostrado claro alinhamento
com a presidente.
Para o primeiro turno, Malafaia reforçou que a sua recomendação será o voto no Pastor Everaldo,
do PSC, considerado por ele o mais preparado para resgatar os valores
familiares e éticos que foram perdidos nos últimos 12 anos. "O PT tem
que sair do poder de qualquer maneira. Os caras querem transformar o
Brasil em uma nova Venezuela", afirma Malafaia.
Para
o pastor, é incompreensível a hipótese de Dilma se consagrar nas urnas
em outubro, já que as denúncias de corrupção contra o governo durante os
mandatos do PT foram comprovadas. "A alta cúpula do partido está na
cadeia. Que autoridade moral eles têm para pleitearem o comando do
país?", questionou.
Os presidenciáveis da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos
(PSB), também foram alvos das críticas do evangélico. "Aécio não
representa uma mudança significativa dado que seria apenas uma troca
típica do bipartidarismo que vivemos no Brasil há anos", explicou. "A
candidatura de Campos não existiria se ele tivesse sido apontado como
vice-presidente de Dilma. Sua candidatura soa a recalque. Que tipo de
mudança um antigo aliado pode estabelecer?", perguntou.
Ainda
assim, em um eventual segundo turno, Malafaia afirmou que seu apoio
será à qualquer presidenciável da oposição. "Apoio qualquer um que for
contra Dilma no segundo turno".
Diante
do aumento da bancada evangélica no Congresso, Malafaia se diz
satisfeito, mas nega qualquer intenção de se candidatar a qualquer cargo
público em eleições futuras. Segundo ele, sua função é influenciar os
eleitores a votarem naqueles que podem estabelecer uma melhora no país.
"Partido vem de parte. Eu sou o todo. Por isso, uso da minha grande
capacidade de influência para sinalizar para os meus seguidores quem é o
melhor candidato", concluiu.
Fonte: Editado por Folha Política - Marcello Ribeiro Silva
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