Apesar
de manobra dos aliados, deputados aprovam, por unanimidade, a abertura
de investigação contra o ex-petista no Conselho de Ética.
Após
uma série de tentativas para protelar a abertura do processo que
investigará o deputado licenciado André Vargas (sem partido/PR), o
Conselho de Ética da Câmara finalmente conseguiu derrubar as manobras e
aprovou, por unanimidade, a investigação. Treze integrantes do conselho
seguiram o parecer do relator Júlio Delgado (PSB/MG). Vargas tem 10 dias
para se defender da acusação de envolvimento com o doleiro Alberto
Youssef, preso na Operação Lava-Jato.
Ao longo do dia, duas medidas tentaram adiar a abertura do processo.
Primeiro, a sessão começou com atraso de mais de meia hora por falta de
quórum. Iniciada às 16h35, a reunião teve de ser suspensa logo em
seguida devido ao início da sessão no plenário da Câmara.
No intervalo entre a ordinária e a extraordinária na Casa, deputados
tentaram votar o processo contra o parlamentar. Doze votaram. Porém, uma
manobra regimental anulou a votação. A ordem do dia na Câmara havia
começado às 18h13. A votação havia finalizado às 18h26. De acordo com o
Regimento Interno, as comissões não podem funcionar enquanto houver
ordem do dia no plenário, invalidando a decisão. “Nesta legislatura, eu
ainda não tinha visto abrir ordem do dia sem ter atingido quórum”,
criticou Júlio Delgado antes de aprovar o processo.
Fonte: Naira Trindade - Correio Braziliense.
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